Manifestações populares:quando as vozes urbanas precisam ser ouvidas e atendidas.

Manifestar o sentimento e desejos são direitos primordiais do ser humano.

Uma criança quando vem ao Mundo chora nos primeiros momentos de sua nova vida, após barriga materna. Quando demora para chorar é necessário o tão esperado tapinha no bumbum aplicado pelo obstreta, para que os pulmões comecem o seu trabalho na manutenção da vida.

Socialmente também somos assim.Temos que chorar, gritar, esbravejar em certos momentos, para que possamos ser compreendidos, atendidos ou ajudados, pois, como seres sociáveis temos uma relação direta com a vida de nosso semelhante.

Em termos de Brasil, não é desconhecido de ninguém que estamos passando por duras crises morais já registradas em nossa história. O "País bonito por Natureza" sofre de uma chaga mortal crônica: a prática da politicagem.

Entendemos que a verdadeira política é vital para o exercício da cidadania, alguém tem que estar no comando, organizar as ações que fazem um país caminhar. No entanto, não é bem assim que acontece,porque o Planalto sempre foi palco de atrocidades contra o povo que elege os seus representantes. A Politicagem praticada por uma grande parte dos políticos faz com que o povo sofra demais, enquanto os verdadeiros ladrões vivem como reis às custas da sociedade.

Em pleno ano eleitoral ainda temos uma copa do mundo para realizar. No entanto, eles (os políticos) pensaram que a Copa maquiaria a realidade caótica que ora enfrentamos, aí foram surpreendidos, pois, surgiram as manifestações populares, onde as vozes fizeram alaridos gigantescos em todo o país.

Tal atitude é louvável, mas sem a presença da violência dos quebra-quebras. Um povo não pode quebrar o que foi construído ou conquistado, pois, ele mesmo pagou ou pagará pela conta.

Mas também não se pode tapar o sol com a peneira. Um país que não dá plena assistência às crianças, aos jovens, aos idosos, aos enfermos e necessitados, não possui condições de promover qualquer evento que seja. Ronaldo Fenômeno poderia ficar calado do que dizer: "Para se fazer uma Copa não se precisa de hospitais". Ronaldo, com todo o respeito: você talvez não precise mesmo, mas o povo brasileiro, que ganha salário super mínimo precisa !! E muito!!

Agora, com a longa estiagem que tivemos, os níveis dos reservatórios diminuíram muito, apagões aconteceram, a água e energia elétrica já começam a ser racionalizadas em certas cidades de estados brasileiros. Aí você se liga no jornal e lê em jornais o ministro das Minas e Energia Edison Lobão afirmando que o setor elétrico brasileiro está em perfeita ordem. Imaginemos se não estivesse então?

Ironicamente se vê ainda nas ondas imagéticas da Rede Globo, a nossa presidente Dilma em meio à esta parte da nossa crise, gesticulando em demasia ao falar com alguém pelo celular.Seria uma bronca ? Em que seria? Mistério!!!!

Se a nossa presidente se mostrou irritada diante dessa situação, é porque ela mesma já sabe que os mascarados estarão a postos na abertura da Copa do Mundo em junho. A chapa vai ficar mais quente ainda!! Quem não torrar verá!!

Muitas situações poderiam ser evitadas e confusões seriam abortadas se os nossos mandatários ouvissem mais as vozes urbanas. Cansados dessa inaptidão política, o povo está marchando para o campo de batalha, ou seja, as ruas.

Precisamos sim gritar em alta voz, cobrarmos mais os nossos representantes, mas pararmos de fato com a baderna generalizada que as manifestações populares trouxeram enxertadas em seu gene.

As pautas das reivindicações precisam ser mais reais e objetivas, brigar por tudo ao mesmo tempo, pode ser muito perigoso para a nossa democracia. Ganhando ou perdendo uma copa, o Brasil precisa sagrar-se campeão na área social, se não quiser ver seus filhos se afogarem às margens do riacho do Ipiranga.

SérgioLumell
Enviado por SérgioLumell em 16/02/2014
Código do texto: T4693017
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