“1º Domingo de Outubro: Dia Nacional do Combate à Corrupção!”

Não é meu propósito ofender à ninguém.

Se alguém sentir-se ofendido me perdoe de antemão.

Porém, na condição de cidadã brasileira, entendo ser necessário refletir a situação de nosso país.

Como resultado destas reflexões, percebo milhares de perguntas sem respostas satisfatórias.

Com a aproximação do período eleitoral entendo ser necessário dividi-las com aqueles que se dispões a repensar o Brasil. Como sou neófita e incapaz de repensá-lo, quanto mais produzir respostas coerentes e necessárias, necessito aprender com aqueles que pensam e repensam o país!

Ultimamente uma polêmica campanha aqueceu o clima na Internet baseada num episódio ocorrido na França: “No dia 2 de junho de 1975, 150 prostitutas ocuparam a igreja de Saint-Nizier, em Lyon, na França. Elas protestavam contra multas e detenções, em nome de uma guerra contra o rufianismo (atividade de quem tira proveito da prostituição alheia), e até contra assassinatos de colegas que sequer eram investigados” site; http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/pwdtcomemorativas/default.php?reg=25&p_secao=14.

Baseado neste episódio francês, alguns elementos da Saúde Pública de João Pessoa desenvolveram uma campanha a qual circulou e foi logo proibida pelo Ministro da Saúde.

“O tema da mobilização feita pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério é “Sem vergonha de usar camisinha” e celebra o Dia Internacional das Prostitutas, comemorado no último 2 de junho”.

“O material, feito em uma oficina de comunicação em saúde para profissionais do sexo em João Pessoa (PB), vai circular na internet até dia 2 de julho. A campanha também homenageia Rosarina Sampaio, fundadora da Federação Nacional de Trabalhadoras do Sexo, que morreu no último dia 25 de março”.

“Após a repercussão negativa da campanha, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o material não passou pelo seu aval: "Do Ministério da Saúde, é papel ter mensagens específicas para estimular a prevenção das DSTs fundamentadas nas profissionais do sexo, que é um grupo bastante vulnerável".

Pode isto? Como um chefe de gabinete deixar passar uma campanha a qual provavelmente resultou em gastos, para tomada de atitude somente após o público tomar conhecimento? Campanha que resultou em desperdício de tempo de funcionários públicos pagos com dinheiro do povão. Gastos financeiros, pois, uma campanha deste porte não sairia de graça, à semelhança do “Horário Eleitoral gratuito”.

Com certeza rolou dinheiro, só Deus e os envolvidos sabem quanto dinheiro custou tal campanha desativada. Está desativada, mas quem a elaborou e executou na mídia deve ter cobrado pelo trabalho, já que ninguém trabalha de graça. E agora?

Sua Excelência o ministro já se explicou, já agiu. Ótimo, perfeito. Era o esperado de sua parte.

Porém, algumas perguntinhas indiscretas ficaram sem respostas, as quais não querem calar:

Onde ele estava, ou o que fazia no momento em que a campanha foi elaborada e paga?

Quem a autorizou em seu lugar? Quem pessoa teria carta branca para autorizar e pagar tal campanha em seu lugar? Paga com dinheiro de quem? Dele, ou dos cofres públicos? Ou foi gratuita, na “faixa”, como diria o caipira? Qual foi a empresa midiática tão “boazinha” para tal gratuidade?

Independente de haver sido vetada, tal campanha colocou em destaque tendões de Aquiles no país na questão de vulnerabilidades e dos bolsões, os quais propositadamente são ignorados e omitidos nas pesquisas. Entre eles, a meu ver um dos maiores bolsões dos diversos “pertencimentos” a nível mundial e no Brasil principalmente.

Trata-se do bolsão do “pertencimento mundial”, à prostituição, e drogas, trazidos à baila com maquiagem de quebra de preconceito: “pertencimento” na degradação moral, destruição familiar, disseminação de doenças. Para além do bolsão de possível má utilização do dinheiro público entre outros.

Ultimamente, centenas de alunos universitário, tem elaborados seus trabalhos acadêmicos focando sobre um “pertencimento” com exclusividade: aos grupos evangélicos cuja presença na mídia cresceu; “pertencimentos em busca de prosperidade” entre que os incomoda.

No entanto omitem pesquisas ou dissertações focando sobre os bolsões da prostituição a sobrecarregar o SUS, bolsões da cracolândia, no qual milhares se sentem “incluídos”; só se for incluídos na morte rápida, no genocídio a céu aberto. Não deixa de ser uma forma de inclusão.

Parece-lhes mais interessante focarem sobre a presença evangélica na mídia em horário nobre; a pregação sobre prosperidade através do trabalho digno. As formas de “bolsões” ou “pertencimentos” ditos parece não incomodar universitários avessos ao poder do evangelho.

A campanha “Sou feliz por ser prostituta” no feminino foi preconceituosa, “favoreceu” à mulher sem estudos e sem Deus, e favorecendo ao “prostituto” na penumbra. Porém, foi útil para dar visibilidade e incentivo sobre como ganhar dinheiro fácil sem ter que estudar nem trabalhar. Estudar pra quê, se até os kits para prostituição lhes é dado gratuitamente, como lhes é dada a oportunidade de ingresso no “pertencimento” ou “bolsão” da prostituição, do ganhe dinheiro sem precisar trabalhar nem estudar.

Faça sexo sem medo que o Estado financia: os kits, tratamento de saúde e o bolsa família para criar os bebês resultantes. Ganhe dinheiro vendendo o corpo, a alma e o espírito seu bem maior. Omitindo que a alma e a vida são os maiores bens que o ser humano possui, os quais uma vez perdidos não podem ser recuperados.

Os marketeiros governamentais usaram a foto de uma mulher que morreu recentemente, provavelmente sem estudos nenhum. Porque não explicaram de que ela faleceu? “O material, feito em uma oficina de comunicação em saúde para profissionais do sexo em João Pessoa (PB), vai circular na internet até dia 2 de julho.

A campanha também homenageia Rosarina Sampaio, fundadora da Federação Nacional de Trabalhadoras do Sexo, que morreu no último dia 25 de março”.

Usaram a imagem de uma mulher simples e falecida, uma vez que nenhuma mulher viva por dentro e por fora jamais se entregaria a um fiasco deste naipe?

Qual advogada, juíza de direito, empresária, médica, bióloga, psiquiatra, psicóloga, cientista nuclear, paramentar, engenheira, ou reitora de qualquer universidade se prestariam a exposição tão vergonhosa, vendendo uma falsa imagem de felicidade oriunda do ato degradante no contexto fora do compromisso de casamento?

Pela má repercussão a campanha foi retirada dos meios midiáticos.

Não seria este o momento propício para outra campanha Nacional???

“Primeiro domingo de Outubro, dia Nacional do combate à corrupção?”

Fica aqui a sugestão para a próxima campanha nacional.

Obrigada.

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 14/01/2014
Código do texto: T4649302
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