A Culpa é do Ministro?
Embargos rejeitados, mensaleiros condenados. Agora, diante da realidade, na iminência de cumprir a sua pena no xilindró, põe-se a culpa não diretamente no STF, mas no ministro Joaquim Barbosa, aquele que passou a ser visto como o símbolo da retidão de caráter, de justeza na aplicação da Lei. Da parte de um condenado, vimos que o tratou de “recalcado”. Ora, todos nós sabemos que a Justiça só age mediante uma provocação. Ela não pune ninguém se não lhe for apresentado um processo que o incrimine. Não parte dela a iniciativa, mas de um fato gerador da infração. Querer pôr “a culpa no sofá” pela infidelidade da mulher é fugir à realidade dos fatos. Cada um dos condenados que assuma a “minha culpa, minha máxima culpa” e não a quem tem a missão da fazer cumprir a Lei.
O STF, na condição de guardião da Constituição, está apenas fazendo cumprir o que nela está escrito, vigente a partir de 5 de outubro de 1988, aprovada e assinada por deputados e senadores do Congresso Nacional. Nada mais justo que dizer: “Cumpra-se”.