Memórias de uma Linha de Frente II
Memórias de uma linha de frente II
19/06/13
Hoje uma aglomeração de 300 pessoas ficou na frente da prefeitura de BH. O predio estava fechado com correntes e dentro havia a tropa de choque. Alguns transeuntes quiseram invadir, mas outros impediram. Logo a multidão se dispersou. Dois camaradas ficaram fazendo o sinal de pomba para tropa protegida pelos portões, e como viram que não seria possível vandalizar, comentaram das agencias de banco que poderiam ser depredadas.
Mas a noite correu tranquila. Grupos dispersos entre a bahia e a brasil parecia mais em festa do que em manifestaçao. O transito parou entre a bahia e a augusto de lima, os onibus ficaram inertes e vazios.
Por volta das 22h, a cel Cláudia Romualdo interceptou um grupo que seguia a afonso pena, rumo a praça sete, pegou o microfone do carro que nos acompanhava e falou: “Gente, vão pra casa. O grupo que está depois daqui não representa a manifestação. O manifesto foi bom, mas tudo tem hora de começar e terminar”.
Aí eu pensei: Opa, vou fazer exatamente o contrário que ela diz, pois ela não me representa. E queria averiguar se esse tal grupo também não me representava.
Mais tarde chega a cel na praça sete e um grupo se aglomera para lhe fazer perguntas. A mídia chega para entrevistar o cel Carvalho e um oficial do GAT, este último inclusive é aplaudido. Também entrevistaram um cidadão comum.
“Protesto é quando digo que não concordo com alguma coisa. Resistência é quando faço que aquilo com que não concordo, não aconteça mais.”
Ulrich Meinhof.