HABEMOS PAPAM!

Em discussão: política, religião ou futebol?

Hoje ,com certeza, todos os jornais de grande circulação enfatizarão a chegada do Santo Padre ao solo brasileiro, o também recém chegado ao topo do comando da Igreja Católica Apostólica e Romana, o nosso Papa Francisco, que aqui também nos chega num momento singular da História da democracia brasileira, a que ultimamente reivindica pelas ruas o respeito e cumprimento da insígnia da nossa Bandeira Nacional por parte dos nossos legítimos representantes.

O santo Padre, chefe de Estado do mais compacto mas não menos poderoso Vaticano, um local de franca antítese com a vida franciscana defendida e ilustrada por Ele ao mundo, nos chega no momento em que somos cronicamente candidatos a país rico, posto que temos por lema a erradicação da pobreza por decreto filosófico, já que nossa maior pregação é o dito de que um país rico é um país sem ela.

Sempre que ouço esse slogan de projeto político, penso que país rico é aquele que encontra os caminhos do seu crescimento igualitário com sustentabilidade econômica e justiça social, ao menos com educação e sem corrupção, o que não demandaria por tantos milagres assim, apenas por seriedade, compromisso e amor pela Pátria .

De fato, nesse momento sócio -político universal ao qual nos inserimos o planeta todo, não é tarefa fácil para país algum do mundo caminhar pela recessão e pelo desemprego mundiais, embora a cidadania conquistada pelo que se denomina primeiro mundo, convenhamos, está bem além do que aqui possamos alcançar no presente momento.

Nas crises globalizadas tanto o ganho das formigas como a negligência das cigarras se evidenciam com mais clareza, e não se precisa de muito milagre para se ser holisticamente ricos e precavidos como as primeiras. Trabalho sustentável e prioridade com controle de gastos já nos seria um bom começo de crescimento econômico.

Potencial para tal temos de sobra!

Mas dessa vez, o nosso milagre social da riqueza conta com um santo bem forte e assim, consta que a nossa presidente discutirá com o Papa Francisco um caminho para juntos erradicarem a pobreza no Brasil, porque a miséria se não tem remédio, erradicada já está.

Muito bem, que o mundo e os brasileiros saibamos: Habemos Papam!

E dessa vez com a economia dos custos, tudo bem simples, gastos bem baratinhos para rezarmos juntos, pouco onerosos, compatíveis com recepção bem humilde, e frente aos números dos gastos publicados, devo dizer, aliviada, que mais do que convencidos de tal fato, milagrosamente entramos na era da humildade.

Mais que justo, porque para um Brasil nada franciscano nos gastos de ultimamente, mais justo que justo mesmo, previdente e urgente que rezemos ao pai celestial com a riqueza de coração: a riqueza de tantos módicos corações brasileiros que sempre acreditamos em dias melhores, mais justos.

Dias em que a conversão do dízimo social, aqueles dos impostos altíssimos pagos pelo cidadãos, se revertam em milagre societário assim como acontece com as Igrejas do mundo todo.

O mais interessante é que diz a sabedoria popular que há três assuntos indiscutíveis: política religião e futebol.

Nesse presente momento do Brasil, tão singular, se nossa presidente pretende discutir miséria e política com o Papa, talvez fosse melhor também convocar a Fifa para nos ditar a bola da vez e arrematar conosco as estratégias de gols tão urgentes entre nós.

Falo de Brasil e de mundo.

Assim, bem milagrosamente, três assuntos historicamente indiscutíveis, fariam parte nossa milagrosa história tripartite de país rico: O que não tem discussão, cumpra-se por decreto.

Bem ao gosto do momento.

Vamos rezar porque nosso verdadeiro milagre não necessita de intercessores, necessita de vontade, compromisso e verdade.

Deus, o único e verdadeiro poder, está acima de qualquer pauta promulgada e tão manipulada pelos homens...de todos e tantos poderes empossados na Terra minada.

Se não pelas justas partes que nos cabem nesse imenso latifúndio terreno, aos menos que o Pai nos conceda um palmo de legítimo espaço nos céus...o que ninguém aqui poderá nos negar.

Que assim nos seja a todos, aos homens de BOA FÉ.

Amém.