"O gigante acordou"...

Esta tem sido a frase mais comum dos últimos dias, proclamada aos quatro ventos, por jovens desfraldando a bandeira brasileira: "o gigante acordou, levantou-se do berço explêndido".

Fiquei com minha eterna "pulga atrás da orelha". Será que realmente acordou? Nossos jovens estão conscientes do que buscam e querem ou apenas continuam sendo moeda de troca? Afinal, estamos na copa e o Brasil tornou-se espelho ou vidraça para o mundo...

Houve a coragem proclamada nas redes sociais, houve o querer, houve o sair nas ruas e houve a eterna luta contra a não violência; mas faltam objetivos concretos, capazes de derrubar reinos, como na campanha das "diretas, já".

A impressão que tenho é que levantaram um gigante sonânbulo. Ele percorre salas e quartos sem saber muito bem onde está e o que quer.

...Luto pela educação, luto contra a corrupção, luto contra qualquer luta... mas quais os caminhos que querem percorrer para que ocorra efetivamente esta mudança? Melhores leis no congresso, reformas polítcas... o que mesmo se espera? Não se sabe bem o que reenvidicar ou mudar.

Talvez o gigante tenha dormido por muito tempo e não consiga enxergar um rumo, um norte que o faça acordar de vez. Talvez, a estratégia tenha que existir, pois todos sabemos, que sem objetivos concretos não se muda nada e nem ninguém, muito menos uma nação.

Estes jovens corajosos, estão na rua. E espero, sinceramente, que além do gigante, não tenham criado a pílula para tirar os "monstros do armário": traficantes, ladrões, oportunistas, que estão fazendo da passeata, da ingenuidade juvenil, seu campo de guerra, de raiva, de ódio contra qualquer sociedade e patrimônio existentes.

A povo foi às ruas, pois não aguentava mais ficar quieto diante de tanta arbitrariedade, roubo, incoerência daqueles que deveriam ser a máxima representatividade da voz que vem das ruas.

Gigante despertado. É preciso agora, com calma alimentá-lo, revestí-lo, guiá-lo. E sinceramente esperemos que todos estes jovens maravilhosos, consigam fazer isto e transformar o país do futuro, no país do presente, do agora, do que tem voz e vez.

Ana Teresa
Enviado por Ana Teresa em 21/06/2013
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