Momento único no Brasil: Um encontro de mundos, e gerações.
Enquanto os acadêmicos não chegam, e dificilmente chegarão, a um consenso cientifico sobre as razões pelas quais de uma hora para outra parcela do Povo Brasileiro passou a ocupar as ruas, praças, avenidas e prédios públicos País a fora, milhares de palpiteiros, ao seu modo tentam entender e explicar tal fenômeno.
A olho nu constata-se um encontro de mundos, um encontro de gerações; algumas com causa, outras com a causa do outros, e outras não menos importante, sem causa nenhuma, no exercício magno e sagrado do DIREITO "maiúsculo" de se manifestar garantido pela nossa ainda incipiente democracia.
Em meio a toda essa agitação uma plêiade de aproveitadores de toda sorte. Dos radicais de direita e de esquerda com suas bandeiras ideológicas, a criminosos de todas os matizes saqueando, agredindo pessoas e destruindo bens públicos.
O momento é único no País e não pode ser desperdiçado ou corrompido como alerta na sua página no facebook o juiz de direito maranhense Gervásio Protásio Júnior:
“quem se manifesta deve mostrar que quer um País melhor. Ao se praticar atos de violência o manifestante tal qual o corrupto pratica um crime, e portanto, perde a legitimidade de protestar”
Subtraindo-se os excessos, trata-se de um movimento plural que não é nem de direita, nem de esquerda, que vem a legitimar o verdadeiro poder popular de se insurgir contra o establishment em seus vários sentidos.
Por um transporte público de qualidade; contra a corrupção, por uma saúde pública, por menos agressões ao meio ambiente; pela não violência contras as crianças, jovens, mulheres idosos; por um judiciário mais célere, por mais recursos para a saúde, educaçao e segurança pública; contra a inflação; por mais verbas para os municípios, por mais amor entre os seres humanos; por mais áreas de lazer etc. São bandeiras que não podem mais ser arreadas.
Bandeiras, motivos para gritar, para se insurgir e tentar mudar o status quo, estão à disposição de todos e nunca vão faltar.
Para encerrar não custa nada invocar o célebre Charles-Louis de Secondat, o Barão de Montesquieu que em sua imortal obra o Espirito das Leis, escrita no século XVIII, uma das fontes inspiradoras do chamado Estado Democrático de Direito, já dizia que todos que detém o poder tendem a abusar dele e que só o poder detém outro poder numa clara alusão aos limites que a este deve ser imposto.