A PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO.
São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre viveram ontem noites de guerra. Depredação, ataques com coquetéis molotov, pedradas e pauladas em ônibus...enfim, tudo aquilo que a gente já conhece e que não vale a pena repetir aqui. Hoje vamos falar sobre a repercussão na imprensa.
Desafio qualquer leitor no sentido de apresentar-me uma só entrevista, seja lá qual o meio de comunicação usado, em que não foi abordada a questão de “possíveis excessos” cometidos pela polícia militar. Pouco importa se algum policial foi ferido, dane-se o patrimônio público ou esse tal direito “burguês” de ir e vir – o mais importante de TUDO para nossa imprensa é saber se não foram cometidos “excessos” por parte da polícia militar. Qual a explicação para um fenômeno desses? Afirmar que o Movimento Passe Livre tem a grande imprensa brasileira na mão seria um absurdo ! Seria (sem ironia alguma) o caso de dizer que trata-se da necessidade de medicar a paranoia do sujeito que afirma isso. Pois bem, meus amigos, vou pelo caminho contrário – afirmo que a grande imprensa brasileira tem o movimento no coração ! Qual movimento? Qualquer um ! Não faz a mínima diferença...
O objetivo desse pequeno artigo é dizer, mais uma vez, que o verdadeiro jornalismo no Brasil acabou faz muito tempo. O que temos é gente interessada em fazer ativismo político..a passar a impressão de democracia..a evitar “abusos de autoridade”.
Às vezes imagino que 1964 é um fantasma constante dentro das redações brasileiras. O jornalista que precisa escrever sobre o que aconteceu ontem em São Paulo quer, a qualquer custo, mostrar que tem medo da volta da ditadura militar. Como não tem coragem de afirmar isso abertamente, faz matérias e mais matérias entrevistas e mais entrevistas, “investigando” se não houve “abuso por parte da polícia militar”. A imprensa coloca-se na posição de “mamãe da verdade” - ela pergunta em suas páginas: seus policiais e seus manifestantes malcriados, quem de vocês que começou a violência, hein?? Ao inferno com a Ordem Constitucional, com o Patrimônio Público, ou com a Paz Social – esses são conceitos ultrapassados tanto para os manifestantes quanto para essa maldita imprensa engajada em ativismo que o Brasil tem hoje. Lembro também, como já escrevi no passado,que a mudança dos termos é fundamental – não exitem mais “crimes” nas notícias dos jornais do país. A palavra, ou expressão politicamente correta, é “a questão da violência”. Como sabemos, nessa definição cretina e pseudo-universitária é possível englobar desde um simples bate-boca com a esposa dentro de casa até incendiar todos os ônibus de Santa Catarina – tudo é apenas “uma questão de violência”
Esse tipo de baderna vai continuar acontecendo nas grandes cidades até que surja um cadáver..até que venha um mártir capaz de fazer os psicopatas do PSTU e outros movimentos de ultra-esquerda ganharem o respaldo que falta – o da população. Até agora nenhum trabalhador e pessoa de bem ficou a favor desses picaretas quando eles provocam esses ataques, mas com o tempo até isso pode mudar - tempo necessário para que o país esqueça o resultado do julgamento do mensalão e para que os verdadeiros canalhas por trás desses estudantes com iPhone consigam, mais uma vez, escapar da cadeia que tanto merecem e que deveria, num país com imprensa verdadeira, ser a principal preocupação.
Porto Alegre, 14 de junho de 2013