ESPIONAGEM NA INTERNET - CASO EUA.

ESPIONAGEM NA INTERNET EUA (título meu a.b.c.)

Data: 09.06.2013

Fonte: Jornal Impresso FOLHA DE SP.(domingo)

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Comentário de Antoni BigCuore: transcrevo abaixo matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, de hoje, domingo, 09 de Junho de 2.013, para informação e julgamento por parte de meus leitores do Recanto das Letras e do Blog Bem Viver.

Fazendo uma leitura rápida sobre o cenário sócio-econômico e político do mundo atual, nota-se claramente um ambiente mutissimo perigoso, pois além de reinar a mais perfeita CONFUSÃO e convulsões sociais, o grande perigo, segundo a própria ONU.(United Nations Organization), reside na Síria, onde o ditador daquele país, está promovendo a maior carnificina contra a população civil e está sendo apoiado pelo Irã, Rússia e o Grupo Terrorista Resbolá.

Segundo a Radio Estadão, ontem, à tarde, 08 de junho 2.013, ao ouvir um debate sobre o cenário internacional, os analistas disseram que a ONU vai destinar o maior volume de dólares para atender à população vítima desta guerra infame.

E que, segundo a mesma ONU, o conflito da Síria poderá levar até uma possível guerra mais perigosa, envolvendo as grandes potências.

Há dias, a imprensa internacional veiculou a notícia, segundo a qual os “hakers” chineses estariam “escaneando” informações sigilosas, sobretudo sobre armas e projetos de alta tecnologia dos Estados Unidos.

Uma pergunta se impõe: estaríamos todos nós pobres terráqueos, ameaçados em nossa privacidade? (Se é que ela ainda existe!), Daqui para frente, é bom pensarmos mil vezes ao digitar um email e ao falarmos no celular, pois parece que estamos todos “monitorados” por satélites espiões!?

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CONFORME JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO – DOMINGO 09.6.13

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“Empresas aceitaram vigilância dos EUA” (cf.FOLHA DE SP.)

“Facebook, Google, Microsoft e outras companhias de tecnologia facilitaram envio de dados de usuários ao governo

Twitter foi a única entre as grandes a recusar negociações; notícia desmente a posição oficial das companhias

“CLAIRE CAIN MILLER DO "NEW YORK TIMES"

“As maiores companhias de internet reagiram mal quando autoridades do governo dos Estados Unidos foram ao Vale do Silício, na Califórnia, lhes cobrar meios facilitados para acessar dados de usuários, como parte de um programa de monitoramento. No fim, porém, a maioria cooperou ao menos um pouco com a Casa Branca.

Dentre as grandes empresas, o Twitter se recusou a colaborar, mas outras foram mais receptivas. De acordo com participantes dessas negociações, a lista das que aceitaram conversar inclui Google, Microsoft, Yahoo, Facebook, AOL, Apple e Paltalk.

Elas foram legalmente requisitadas a compartilhar seus dados com base na Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (Fisa, em inglês).

Repassar informações em cumprimento à Fisa é uma obrigação legal, mas facilitar o trabalho do governo em obter dados não o é. Por isso, o Twitter pôde se recusar a cooperar de forma mais ampla.

Em pelo menos dois casos, no Google e Facebook, uma das propostas discutidas era criar uma versão digital dos escritórios onde as empresas guardam suas informações sigilosas, geralmente em grandes servidores. Por meio desses portais, o governo pediria os dados e as companhias os forneceriam.

Esses episódios se chocam com a posição oficial das empresas. "O governo americano não tem acesso direto ou uma porta dos fundos' para obter informação armazenada em nossos servidores", disse o executivo-chefe do Google, Larry Page, em uma nota divulgada anteontem. "Nós fornecemos dados de usuários ao governo apenas em cumprimento à lei".

Comunicados de Facebook, Microsoft, Yahoo, Apple, AOL e Paltalk seguiam o mesmo argumento. Mas, em vez de uma "porta dos fundos" para acessar os servidores, as companhias foram essencialmente requisitadas a fazer uma caixa postal fechada e dar a chave ao governo, segundo os envolvidos nas negociações. O Facebook, por exemplo, elaborou um sistema nesse formato para o pedido e a coleta de dados por parte das autoridades.

A existência dessas negociações revela como as companhias de internet, cada vez mais no centro da vida privada dos cidadãos, se relacionam com agências de espionagem, interessadas em seu vasto acervo de e-mails, vídeos, conversas on-line, fotos e conteúdos de pesquisa. O diálogo ilustra a forma intrínseca como governo e empresas de tecnologia trabalham juntos.

As negociações se estenderam nos últimos meses. O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, foi ao Vale do Silício para se reunir com executivos do Facebook, do Google, da Microsoft e da Intel.

Apesar de que o propósito oficial fosse discutir o futuro da internet, as conversas também abordaram como as companhias poderiam colaborar com o governo em seu esforço de coletar dados para operações de inteligência.

Cada uma das nove companhias que tiveram suas bases de dados interceptadas pelo governo afirmou que não tinha conhecimento de um programa da Casa Branca destinado a tal tarefa.

VIGILÂNCIA EM ALTA

Os pedidos com base na Fisa podem variar de solicitações sobre um usuário específico a uma vasta gama de dados, como um acervo de pesquisas sobre um determinado termo em mecanismos de busca. No ano passado, o governo fez 1.856 requerimentos amparados nessa lei, um aumento de 6% em relação a 2011.

Num caso recente, a Agência Nacional de Segurança (NSA) se valeu da Fisa para enviar um agente à sede de uma empresa de tecnologia para monitorar um suspeito de um ciberataque, de acordo com um advogado da companhia. O oficial instalou um programa do governo nos servidores e trabalhou no escritório por várias semanas, transferindo informações para um laptop da NSA.

“Reunião pode fortalecer elo entre líderes, mas não muda rivalidade”

Nos EUA, há quem conte com o fator pessoal para gerir uma relação bilateral difícil, mas a cultura chinesa é de desconfiança

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MINXIN PEI ESPECIAL PARA A FOLHA

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A reunião informal entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder do Partido Comunista chinês, Xi Jinping, na Califórnia, foi descrita como "cúpula sem gravata". Washington espera que, em um ambiente relaxado, seja fácil para os dois líderes estabelecer um bom relacionamento pessoal.

Nos EUA, há até quem conte com um elo pessoal como esse para ajudar a administrar um relacionamento bilateral difícil, mas vital.

O presidente Obama talvez tenha melhor sorte em formar um relacionamento particular forte com Xi do que com qualquer outro dos principais líderes chineses que o antecederam, já que esses rejeitavam laços de amizade com líderes ocidentais.

Xi parece ser mais confiante. Em seus encontros com autoridades estrangeiras, exibe um raro estilo informal. Obama talvez encontre nele algumas qualidades que apreciará pessoalmente.

Mas seria ingênuo presumir que elos pessoais positivos possam se traduzir em um melhor relacionamento entre os EUA e a China. Para começar, Xi é parte de uma liderança coletiva. Pode influenciar os colegas, mas precisa compartilhar do poder com eles.

O mais importante é que a cultura política nos escalões mais altos do Partido Comunista chinês é de desconfiança quanto ao Ocidente. Formar um relacionamento pessoal estreito com o presidente dos EUA pode ser um grande prejuízo político, e não uma vantagem, para Xi.

Isso nos conduz ao que devemos esperar da conferência de cúpula.

É possível um progresso limitado quanto a questões que ameaçam desestabilizar o relacionamento, como a espionagem cibernética e as provocações norte-coreanas. O encontro também deve resultar em uma compreensão pessoal mais significativa entre os dois mandatários.

Porém, não alterará fundamentalmente a natureza do relacionamento entre EUA e China.

Em curto prazo, os elos entre Estados Unidos e China devem melhorar como resultado da conferência. Mas a rivalidade estratégica subjacente entre os dois países deve continuar.

MINXIN PEI é professor de administração pública no Claremont McKenna College, nos Estados Unidos

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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P. S. Matéria transcrita do Jornal Folha de São Paulo, edição impressa de domingo, 09 de junho de 2.013. A introdução com comentário é de responsabilidade de Antoni BigCuore, gerente do BLOG BEM VIVER - http://antonibigcuore.blogspot.com e www.recantodasletras.com.br/autores/antonibigcuore

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