PT e PSDB; Antagonismo estéril.
Desde a,Nova República, o Brasil conheceu apenas dois ciclos políticos organizados. Os oito anos de PSDB no, governo federal com, FHC e os oito anos do PT com, Lula, prosseguindo estes ciclos com o governo, Dilma.
FHC teve antes de seu reinado, Neo Liberal, um choque de liberalismo misturado com ortodoxia, de Fernando Collor, este, que sucedera um breve mandato de políticas fracas regadas a muito coronelismo e corrupção política de José Sarney.
A "turma" de Fernando Henrique, corroborou para que o Brasil entrasse numa espécie de farol iluminado, social democrata. Mas no momento que tomaram o poder, a social democracia entrava em declínio no mundo. Tony Blair na Inglaterra com o seu trabalhismo misturado com Tatcherismo e ternos bem cortados, apontava como esta seria a nova receita de bolo providencialista que iria modernizar a política mundial.
Líderes do mundo inteiro apontaram para este caminho. Na, Alemanha, shroeader tentou implantá-la, na, América do Sul, principalmente no, Brasil, Chile e Argentina apostaram-se na política de pouca intervenção estatal na vida social e posterior desmanche do estado misturado a uma vontade, terceiro-mundista de atrelar suas economias aos Organismos Financeiros do Primeiro Mundo ou mundo sul, FMI etc.
O PSDB construiu uma agenda de ideias e propostas, que foram abertas a discussão no meio universitário mais à direita. Nestes oito anos, o PT consolidou-se, fortaleceu suas bases e "neo alianças", e colocou-se como oposição forte ao governo tucano. Sua agenda de ideias era apoiada por setores progressistas da Igreja Católica e legitimada no meio sindical, com a inclusão de intelectuais.
Atualmente após estes anos todos o que sobrou dos oito anos tucanos e do governo Lula ? Somente os programas de transferência de renda produzidos no lulismo como, o Bolsa - Família e os de acesso ao ensino superior como o ENEM e Ciências sem Fronteira. A verdade é que as duas únicas forças políticas que combateram a Ditadura Militar, o PT e a ala do MDB que depois formou o PSDB, transformaram-se em dois polos, estéreis da política nacional. Incapazes de se recriarem enquanto forças de mobilização e transformação do Brasil. Justamente pelos dois partidos, apostarem em uma estratégia medíocre e covarde. A cooptação e aliança com setores atrasados da vida política brasileira. Os conchavos com DEM e afins mostram que tanto PSDB como PT, no desespero de perpetuarem-se no poder, apelam para velhas táticas de atraso político. O que traduz serem as oligarquias e o poder constituído há séculos,os pilares da vida publica tupiniquim, fomentadores da agenda política brasileira.
Existem teses que apontam para um arrefecimento ideológico do cenário político, daqui para frente, com a radicalização tanto de um extremo como para outro. Não sei se acontecerá isto mas seria melhor, do que ver este cenário desértico em que se afunda nossa política sem programas ideológicos, mergulhada que está neste antagonismo estéril.