Da ditadura a dita branda contemporânea, nada mudou.
Nós, brasileiros, diferentemente dos argentinos e chilenos ainda não conseguimos nos acertar com nosso passado ditatorial, tornando-se ainda para nós uma grande interrogação, as heranças da, ditadura militar na sociedade atual.
Senão vejamos, porque quando policiais matam pobres e muitas vezes, inocentes, nesta verdadeira, "eugenia" que vem tornando-se “natural” na capital do futuro (qual?), Pauliceia desvairada. Ao invés, do Poder Público investir em educação, cultura, esporte, saneamento, habitação etc. e começar realmente a desenvolver a economia, prefere pagar uma indenização aos familiares das vitimas e um pedido de desculpas, tipicamente "político, frio e burocrático".
No, regime de exceção nos anos 60-70, era assim, só que além de não ficarem com indenização, as famílias nem com o cadáver do morto ficavam. Nada mudou.
Atualmente a classe média e a dita, "nova classe média", surgida no governo Lula, batem palmas e apoiam as mortes dolosas que vem ocorrendo em SP, com o, aval do Estado e consentimento da (será ?) opinião pública. Como se não tivéssemos condições de tomar as rédeas do nosso destino e ocupar conscientemente o espaço público (esvaziado de ética, moral e o escambal !) que é nosso por direito (estado de direito, né ?) e resolver as coisas nos organizando efetivamente.
O Poder Público é nosso enquanto cidadãos, ele deveria ser manifestado conscientemente (ai o bicho pega!) por nós nas diferentes épocas históricas e nos diversos setores que formam o, Estado de Direito (para, burguês, é claro !)
A verdade é que optamos por não fazer as verdadeiras “mudanças de base”, manifestando nossa vontade, para não nos matarmos, deixando , assim, as ações, político-sociais (faz-me rir) para o Estado da Legalidade resolver. E aí o caldo entorna pois o nosso estado é apenas ferramenta para que o verdadeiro estado, o corporativo, dite os rumos da nação aonde grande parte é segregada e marginalizado há mais de 400 anos. Nada mudou.
As oligarquias, plutocracias, babaquices afins, ainda ditam as regras do jogo, violento para o povo e de, “dês pra cima” (da linha do equador) para os ricos. No Regime militar, a maioria da, imprensa pautou o extermínio dos menos favorecidos de forma, sensacionalista e a classe média endossava o coro dizendo que a sociedade era segura e que bandido tinha que morrer mesmo, assim como, hoje, nada mudou.
Antes do, golpe de 64, as reformas de base de, João Goulart, consideradas, liberais na época, fizeram as famílias tradicionalistas com o apoio de setores conservadores da, Igreja, realizarem marchas no Brasil inteiro, principalmente no, Rio e, São Paulo. Com uma aliança entre a burguesia nacional, setores de extrema direita e com o apoio das “Democracias Liberais” de EUA e afins, sufocaram o governo, Jango que foi escorraçado do, Brasil e estabeleceram o, Regime que colocou o Brasil no, Obscurantismo, cultural e ideológico, alem de educacional. Atualmente, existem setores da sociedade que cobram do atual e futuro governo, um programa que contemple, a redução dos gastos das famílias com os salários que vão para as escolas privadas e a saúde privada, extremamente onerosa, com uma reforma tributaria que tribute as maiores heranças do país, para que possamos ter saúde e educação de qualidade e publicas.
Existem setores que defendem que o futuro governo tenha um programa, que saia da estrutura, de, conselhos meramente consultivos, para estabelecer, instancias de participação direta e transferência de poder para que a população, participe, diretamente da administração, do Estado, nacional. Estas reformas, liberais para os padrões atuais, são consideradas, “revolucionarias”, por vários setores da vida, nacional. Não seria novidade, se os canhões da ditadura com o apoio do tio Sam, voltasse à berlinda, como no, passado, hoje? Nada mudou.
As dinâmicas sociais nas cidades, urbanizadas e no campo, passa tempo, repetem estruturações de poder e retroações que travam a evolução cronológica do tempo em nosso país, aonde vemos uma Direita apropriar-se do campo cultural e de costumes, distorcendo questões como aborto, células-tronco e casamento homossexual, que deveriam ser debatidas em outro nível e pela sociedade como um todo.
A verdade é que da Ditadura Militar, a esta, Ditadura de Costumes, econômica , uma Dita Branda contemporânea. Nada mudou.