O ENVOLVENTE COMPADRIO E A POLÍTICA DOS "PAUS MANDADOS".
Vivemos uma cultura baseada na “lei do Gerson”, aquela que se tornou uma rotina de mentes doentes que vislumbram apenas o poder pelo poder através do jeitinho tipicamente nacional, qual apetite voraz e, se armando de expedientes espúrios para persuadir, malversar e achincalhar desafetos. De tal modo, a vaidade se traveste da certeza incoerente da impunidade, coisa muito nossa. “Made in Brazil”.
O ser obcecado é comumente um elemento sem escrúpulos e numa fantasiosa obsessão pelo ganho fácil e dos infantis acometimentos de fúria, vem se tornando adepto da opulência, crendo que tudo pode, porque muito se tem.
Um monstro criado à mercê dos que se deixam levar pela aparência e falsa amenidade. Um ser leviano que vive a duelar com a nossa “paz de espírito” e se basta de falsos argumentos que são uma ameaça diária ao exercício da cidadania e a conhecida liberdade de expressão.
Na política não se opera "milagres", mas, reinventa soluções. É fundamental que tenhamos a ousadia de rever velhos e abstratos conceitos e, reafirmar compromissos ora referendados em que acreditamos, e ao que possa ser melhorado, sob todos os aspectos possíveis e imaginários.
Ao mesmo tempo em que procuramos a nobreza e idealismo na conjunção de valores, jamais devemos nos furtar do legado impoluto, de que “a vitória acontece, se de fato, existe a união”.
Não precisamos gritar para sermos notados, nem tampouco, adentrarmos neste esquema viciante, cuja tendência inconsequente perfaz um nítido jogo de cartas marcadas, com sintomas transparentes de perversão e abençoado compadrio.
O estratagema é manter-se firme e abolir, de uma vez por todas, esta perniciosa realidade, sem nos surpreendemos com os planos maquiavélicos e o terror psicológico implantado sempre quando existe uma eminente batalha judicial.
Temos que repudiar e com toda a veemência a distorção de fatos noticiados e o menosprezo contumaz da verdade. A insubordinação de arrogantes “paus mandados” não nos causa nenhuma estranheza, haja vista onde estes mesmos estão lotados e como são conhecidos popularmente nas rodas de papo, como pérfidos e devotos puxa-sacos.
Eis a prova do congraçamento asqueroso de um exército de zumbis levados pela soberba e mediocridade e, sobretudo, pela força do ato na defesa de ridículos e nefastos interesses. Desvarios à parte! O inimigo do homem é o seu próprio destino... “Quem semeia vento, colhe tempestade.”
Com vistas ao dito e ao não dito, respeitosamente me farei indagar: Nossos espíritos são aguerridos? Temos apenas intuição ou prezamos pelas ações, pelo levante? Estamos sendo sábios e responsáveis ao extremo? Queremos realmente uma terra para todos? Ou, simplesmente, estamos sentindo o peso de uma desgraça que se abateu sobre os que não comungam com as diuturnas atrocidades.
Uma mudança de fato e de direito somente será benéfica se provocarmos a diferença, nunca a indiferença. A união é o escudo dos que não se curvam a um reinado de escândalos, ingerência e diárias sujeições, com o sadismo inconveniente dos hipócritas de plantão.
Pirapora/MG, 16/02/13