NÃO SE FAZ OMELETE SEM QUEBRAR OS OVOS

Tenho como ultrajante a visão retrógrada de certos personagens que confundem o exercício da política a uma prática perniciosa e antirrepublicana, popularmente conhecida como “politicagem”.

A política está se tornando e, cada vez mais, um terreno de devassos, covardes, medíocres e oportunistas acostumados ao dinheiro fácil numa promíscua tarefa de continuar exercendo os louros e benquistos cargos e premiados com aquela benevolência santificada e sadismo comedido na fanática missão de “mamadores” juramentados.

Engalfinham-se feito aves de rapina e defendem as suas teorias “neobolivianas” com o acinte pernóstico da mais valia e do contrassenso a que tanto insistem ao se portarem interlocutores da ordem e mantenedores impolutos da devassidão.

E tudo porque se manifestam muito mais preocupados com os personagens pseudo estadistas criados na mundana arte da sacanagem sob a túnica de uma revolução legítima e passado valoroso, todavia o que contrasta com esta prática contraditória e atual, épica e sensacionalista sob a ótica da absurda e questionada corrupção.

Ora, se esta "democracia" propagada aos quatro cantos e ideologicamente inserida no contexto da própria vida em sociedade não fosse o símbolo maior das relações entre os povos e no exercício legítimo da cidadania, o que seria dos ideais e da defesa deste mesmo fundamento? Quanta ironia!

Agora, trazer à tona situações equivocadas aliadas a interesses mesquinhos e enfadonhos de que fulano não é semelhante a beltrano, acredito, como uma profunda e inexata percepção de ideias e deturpação da própria conjuntura que insurge enquanto uma vergonha nacional.

É prudente sermos realistas ao ponto de concebermos como absurda a menção de nacionalizarmos a política em face dos últimos acontecimentos. Para alguns soa como incoerente, para outros a plena demonstração de que estamos muito aquém da perfeição.

Agora, se acaso os que acham que toda unanimidade é burra, passo a concordar, e digo mais: O meu senso de observação se tornou apurado e, entendo que as estratégias do jogo estão lúcidas para uns, todavia, alguns poucos tendem a raciocinar de forma diferente.

Em tal caso, mesmo respeitando esta equívoca sujeição, não tenho dúvidas de que o fazem apenas no desejo de conservar intactos os seus próprios interesses, estes por sua vez, muito transparentes à medida do tempo e dos implicantes e merecedores questionamentos.

Pelo andar da carruagem, pensar mais em si que nos outros chega a ser um ato de extrema arrogância, mediocridade e egoísmo diante do que se descortina. Contudo, se tranformou num fato piamente normal para os que militam na seara política dado aos conchavos e insubordinação.

Não é momento quiçá oportuno para nacionalizarmos a política, nem tampouco, trazermos à tona as próprias eleições presidenciais, se a esquerda ou direita, facção ou coligação partidária será agraciada em 2014, mas o Senado insiste e deu um chute na opinião pública com a eleição para a presidência do "ficha suja" Renan Calheiros. Fisiologismo ou afronta ao próprio estado democrático de direito?

Em suma, saliento que o tempo curará os alienados e aqueles que se limitam entre o cúmulo e o paradoxo. E tudo porque "não se faz omelete sem quebrar os ovos.”. Deixa estar!

Pirapora/MG, 03/02/13