O Rombo nas Prefeituras
Trocasse eu o “m” por “u”, talvez o título ficasse mais adequado ao tema que ora abordo. Ainda no primeiro mês de mandato dos novos prefeitos, a gritaria é geral. Encontraram as Prefeituras de cofres vazios e com débitos a pagar. Foi-se para o beleléu a Lei de Responsabilidade Fiscal. Parece que os gestores municipais desconhecem a sua existência.
Até funcionários ativos e inativos deixam de receber o que lhes são devidos: salários e proventos. E o que dizer dos prestadores de serviços?
Estes mais difícil ainda por não estarem na categoria da prioridade trabalhista.
Como consequência, surgem bloqueios dessa ou daquela conta, por ordem judicial, dificultando a ação dos gestores que ficam “engessados”, sem a liberdade para definir o próprio manuseio orçamentário.
Lamentavelmente, seus antecessores confundiram administração pública com ”casa de mãe Joana”, deixando a tal de “herança maldita” para seus sucessores. E quando, no caso da reeleição, ele é o sucessor de si mesmo?
Agora se põe a culpa no Governo Federal, alegando a redução do rapasse do FPM – Fundo de Participação dos Municípios, sem o que a Prefeitura não pode honrar seus compromissos.
Falta dinheiro daqui, falta dinheiro dali, mas não falta motivo para o enriquecimento ilícito de alguns gestores. Como se explica essa matemática?
Quem ousa escrever, talvez tenha se dedicado um pouco mais ao Português, continuando analfabeto em matemática. Pode ser esse o motivo do não entendimento desse jogo orçamentário. Falta aqui, mas sobra acolá.