O SERENO ARTIGO DO EX DEPUTADO AROLDO LIMA
Durval Carvalhal
Pelas circunstâncias brasileiras atuais, chega a doer na alma a defesa aética e débil de certos episódios político-jurídicos. Via de regra, passa-se por cima da moral, da lógica, do bom senso e da própria dignidade para defender o indefensável.
Pela conjuntura política que o cerca, poder-se-ia esperar do ex-deputado federal Aroldo Lima a mesma postura agressiva, vazia, debochada e desrespeitosa assumida por outras pessoas, inclusive parlamentares ou gestores públicos brasileiros. Via de regra, critica-se deselegante e desfundamentadamente o egrégio Supremo Tribunal Federal, o verdadeiro guardião da constituição nacional, em nome de um fanatismo primário, cego, tosco e inconsequente.
No artigo “O STF não pode intervir, a Câmara não pode se dobrar”, o nobre parlamentar baiano dá uma aula de serenidade e respeito às instituições. Assim como acha que o ministro Joaquim Barbosa, algumas vezes, agiu como um promotor e não como juiz, ele reconhece e critica o ministro Ricardo Lewandowski por ter se portado, também, mais como um advogado de defesa dos réus.
Sem dúvida, um magistrado deve ter uma postura compatível com o seu mister: neutro, preso às leis e justo. Todavia, como dos males o menor, para a sociedade é melhor a postura de um juiz como promotor do que a de advogado de defesa.
A primeira não prejudica ninguém, a não ser a própria imagem da autoridade jurídica; enquanto que a segunda prejudica a própria justiça e a sociedade, que se sente frustrada com desfazimento da boa justiça.
Eis o artigo em lide:
http://www.vermelho.org.br/pa/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=201483