QUANDO O OPRESSOR SE FAZ DE VÍTIMA

Existe uma lógica em defender o opressor.

É do mundo, e por sinal desde tempos multiantigos se postar ao lado do algoz. Pessoalmente acho compreensível. É mais fácil, mais cômodo. Pega bem. A classe-média adora, festeja, ufana. O ufanismo é bem um produto da classe-média.

Porém, gosto de caminhar contra o vento, a conveniência é uma doença epidemiológica. Não é minha praia. Não bato palma p'ra macaco, e no quadro geral da política internacional apoiar a elite judaica é investir na administração desumana dos campos de concentração sionistas na Cisjordânia, na expansão dos massacres das forças armadas israelenses praticadas contra colonos e escolares palestinos, patrocinados não estranhamente pelos EUA e pelos irmãozinhos beligerantes da Old England e dos Champs Elysees.

Alguém aí já se perguntou porque não querem que os palestinos tenham o próprio Estado, ou é normal que uma nacionalidade com território esteja impedida de se organizar estrutural e publicamente.

Não venham com o papo de que os palestinos formarem o próprio Estado abala a segurança de Israel, porque a violenta turbulência das relações entre palestinos e israelenses é típico dos relacionamentos entre Estado Opressor versus áreas de guerrilha.

Toda a História recente do globo mostra que os países que sofreram a experiência da guerrilha, absorvendo os grupos armados no princípio de ampliação democrática, acabaram com o problema.

Porque, então, entre nacionalidades seria diferente.

Acaso, estruturar um sistema público articulado à sociedade civil organizada, nunca permitiria aos palestinos manter o atual, ou qualquer, sistema de escaramuças contra os israelenses.

Impossível.

Toda a experiência do planeta mostra que a absorção democrática aniquila a luta armada.

Então, porque manter os palestinos no estado de desorganização proposital de hoje.

Quem se beneficia de um povo desprovido de sistema de saúde adequado, policiamento ostensivo, educação nacional, habitação popular.

Porque Israel e o bando pentagônico votam periodicamente contra a organização do Estado Palestino na ONU, e mantém ações armadas visando impedir a estruturação do Estado Palestino (porque a Autoridade é só um passo, em toda uma estrada).

Inexiste possibilidade de Paz que não passe pelo reconhecimento do Estado de Direito Palestino, porque só a estruturação de um Estado moderno de Direito garante a sobrevivência e o futuro do Estado de Israel.

Manter a guerra beneficia apenas ao gangsterismo WAASP/sionista.