ARTIGO – Com que direito?
 
 
ARTIGO – Com que direito? – 27.11.2012
 

          Ante a atitude egoísta e covarde do governador do Rio de Janeiro, doutor Sérgio Cabral, do Prefeito da cidade e outros asseclas, quando arrebanham o povo ignorante da sua região e parta às ruas com gritos de protestos contra a redistribuição dos recursos do petróleo extraído do estado que governa, cujas palavras de ordem eram “Veta Dilma”, numa clara pressão contra a presidente, a fim de que não aprove a nova maneira sacramentada pelo Congresso Nacional de distribuição dos royalties do ouro negro, de sorte a beneficiar a todos os estados da federação.

          A meu pensar é um ato de insubordinação, certamente confiado em que seu estado votou maciçamente na doutora Dilma Rousseff na última eleição presidencial. Mas isso não ocorreu só n Rio de Janeiro, pois aqui mesmo em Pernambuco ela teve noventa por cento dos votos sufragados pelo povo pobre e carente, graças à liderança inconteste do governador, doutor Eduardo Campos, que vem exercendo de maneira expressiva o comando da política nordestina. Aliás, estamos vivenciando uma das maiores secas dos últimos tempos, e o dinheiro que seria destinado à transposição das águas do Rio São Francisco, lamentavelmente foi desviado para outras finalidades menos nobre, a ponto de as obras terem sido paralisadas, de sorte que a construção não atingiu nem a metade do que estava previsto pelo presidente Lula, ou seja, no final de 2012.

          É um protesto que vejo como mera insubordinação, ganância pelo dinheiro do povo, porquanto o petróleo arrecadado nos estados pertence a todos os brasileiros e o mais justo é realmente o que fora aprovado pelos parlamentares, que pretenderam com a lei fazer com que o dinheiro passe a chegar a todos os nossos concidadãos de todos os rincões do país. Aliás, esse negócio de dizer que o Rio de Janeiro produz petróleo é mera ilusão, enrolada, mentira, pois essa riqueza é do mar, é extraída pelo governo federal, e o mar é da União, logo de cada célula viva do país, de cada brasileiro em particular e no todo.

          O mais grave de tudo é que faz essa passeata triste com verba oficial, portanto dinheiro nosso, que deveria ser mais bem aproveitado, pois o povo anda penando por melhores hospitais, escolas, segurança e todos os serviços que são da obrigatoriedade do governo patrocinar, segundo reza a nossa Constituição. E ainda diz que não pode divulgar o valor das despesas, como se isso fosse confidencial e ele não tivesse obrigação de gastar bem o dinheiro que arrecada dos cidadãos do Rio e dos demais estados da federação. A meu pensar isso é simplesmente um crime de responsabilidade, merecendo, portanto, que a lei penal seja aplicada a esses demagogos de meia tigela, que querem jogar a Dilma contra a população.

          No meio disso tudo, creiam, aparecem uns políticos babacas, a fim de dar seu apoio a essa farra com o nosso dinheiro e diz que “O Rio de Janeiro não participa das receitas da soja que é produzida em outros estados” e mais uma série de baboseiras sem graça e sem inspiração. Ora minha gente, a soja é produzida porque os agricultores a plantam e gastam dinheiro, tomam recursos emprestados para desempenhar suas atividades rurais, mas o petróleo é uma dádiva de Deus, existe nas águas profundas do oceano brasileiro, portando há uma grande diferença, somente não a enxergando quem não deseja, e o maior cego é o que não quer ver.

          A alegação de que o Rio de Janeiro perderá cerca de três bilhões de reais com a mudança na distribuição é demagógica, é gulosa, mesquinha com os demais estados brasileiros, disso não se tem dúvidas. Como o estado perdeu se ainda nem está sendo posta em prática a divisão aprovada? O mais correto seria dizer que o Rio deixará de receber tal valor, mas que ele será redistribuído com os irmãos de norte a sul da federação.

          Deus sabe o que faz, e é por isso que eu não sou autoridade alguma, pois no lugar da Dilma eu mandaria chamar os cabeças do movimento ao Palácio do Planalto, dava-lhes uma boa chamada e ainda mandava que eles cobrissem os gastos com recursos de seus próprios bolsos. 

          Na verdade, nada mais do que isso, estão gritando porque esse numerário poderá fazer falta nas próximas campanhas políticas, pois como se sabe haverá eleições em 2014 para governadores, deputados, senadores e presidente da república, e dinheiro gasto com política é a pior desgraça do mundo, porquanto não existe prestação de contas confiável, há recibos e notas falsificados, muitos conseguidos gratuitamente no comércio e na indústria e até junto a empresários que vivem a custa do erário estatal.

          Minha nota é zero para esse governador, que até já foi muito longe na política, pois o que ele mais adora é samba, mulheres e futebol, isso pelo que dizem, pois não tive ainda a infelicidade de conhecê-lo pessoalmente.

          Fico por aqui. Estou escrevendo dum quarto de um hospital, cuja iluminação é bastante fraca, em plena madrugada.
 
Sem revisão de texto.
Ansilgus.
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 27/11/2012
Reeditado em 27/11/2012
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