DIA DA CONSCIENCIA NEGRA! E/OU
DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA!
(Ou seria dia dos políticos!)
A data é séria e diante do sofrimento desse povo, o qual, também pertenço é inigualável!
E deve ser respeitada!
Outrossim, ao que parece a mim mesmo, todos os meus escritos, caminham justamente em direção oposta a minha personalidade: vez ou outra, acontece, escrever algo sério que se deva levar em consideração, mais em sua grande maioria, nada que escrevo tem qualquer utilidade ou significado prático, razão pela qual continuo escrevendo!
Não prejudico (é isso que eu penso) e nem ajudo ninguém, com esses míseros rabiscos!
Com efeito, não posso me furtar ao inevitável paralelo!
Concomitantemente a comemoração dos povos, os políticos também deveriam comemorar!
Assim, uns comemorariam o “pretenso” respeito estendido à raça, enquanto os outros, os políticos, comemorariam o extremo descaso que possuem com a vida... do seu semelhante!
É notório e incontestável o que os políticos carregam inevitavelmente consigo: a hipocrisia!
A arte da dissimulação!
Ou seja, se essas duas “qualidades” se não lhe habitarem o espírito, então, não poderá ser político e se o for, não adquirirá notoriedade na vida pública suficiente para ser reconhecido entre seus pares!
Assim se explica porque a grande maioria prefere TRABALHAR a ser político!
Desde que me entendi por gente e o estou tentando ser até hoje, pesquiso algo sobre esses homens (políticos) e infelizmente, não há um só, um único que seja, ao qual eu possa confiar minhas fichas!
Como disseram anteriormente, com justiça é claro, ao criticaram algumas outras linhas que escrevi, no sentido de estar sendo eu exagerado ao “diagnosticar” esses homens do poder tão severamente e etc., que me indicaram apontar uma solução ao invés de ficar no bla bla bla ou mostrar um homem para ser votado etc., no entanto, a minha resposta sobre isso é desanimadora!
Não! Não há!
Veja-se por exemplo, (indo um pouco adiante ou atrás na história) Joaquim Nabuco, um grande defensor da causa negra, sempre o admirei e sua obra sobre a Escravidão é memorável. Mas, a pergunta que não quer calar é a seguinte: por que somente após sua morte, foi que deixou para publicar sua obra na pessoa de sua esposa e não durante sua vida?
Simplesmente porque tinha medo de retaliações e de perder o seu status!
Optou pelo conservadorismo a ter que enfrentar as críticas dos opositores. Pela omissão, sua obra (para mim) perdeu muito em significação!
E isso porque trata-se de um grande homem, quiçá, o resto!
Assim, um homem só pode ser conhecido pacifista ou guerreiro, quando o PODER cai em suas mãos!
E esses aí ao que parece, tratam da administração pública, como se lidassem com a cozinha e os empregados de sua casa: desprezo total!
Obviamente, “a estrada acaba se afunilando!”
Quem pensa diferente disso, é porque: está bem empregado, bem remunerado, casa própria, contas pagas, carro do ano (ou não), comida na hora certa, etc., etc, do contrário, pensariam primordialmente que com um salário de R$ 600,00, destinado ao seu contemporâneo pobre, nem um ser humano em sã consciência, aliás, nem um faquir conseguiria sobreviver dignamente e se dizer feliz!
Quem entender de maneira diferente e a mim não cabe julgar, são aqueles da GRANDE minoria, que detém TODO o poder em suas mãos, cuja consciência está coberta de escuridão, por patrocinarem direta e indiretamente a maior desigualdade social do mundo, a grande responsável pelo aumento da criminalidade, da violência, dos golpes na praça e mesmo até desses últimos ataques dessa facção!
Em suma, quem defende o atual modelo de gestão é porque se locupleta dele em seu benefício e de seus amigos e familiares.
Em resumo: enquanto tem burros para puxarem a carroça, tem toda uma população dizendo que eles precisam continuar assim e somente dessa maneira serão felizes!
“No nosso desgraçado globo é impossível que dois homens que vivem em sociedade não estejam divididos em duas classes distintas: a dos ricos que governam e a do pobres, que servem: e estas duas (classes) subdividem-se em outras mil e estas mil, ainda possuem caracteres distintos.
‘Os pobres não são todos infelizes, em absoluto. A maioria já nasceu nesse estado de miséria e o trabalho demasiado impede-os de sentirem demasiado a sua triste condição; mas, quando reparam nela, geram-se as guerras (...) todas essas guerras acabam, mais cedo ou mais tarde, pela submissão do povo, porque os poderosos teem dinheiro e o dinheiro é o senhor de tudo num Estado”.
(Voltaire).