Enfim, brilha sobranceiro, o Sol da JUSTIÇA

Ainda há nuvens nos azuis céus do Brasil, mas o resultado deste histórico e único julgamento, mostra que há ESPERANÇA, sim: brilha sobranceiro, 0 Sol da JUSTIÇA.

Inexistiria ‘corrupção’ se hão houvesse ‘corruptor’ e ‘corrupto’. É acaciana esta afirmação, mas procede, por verdadeira. Portanto, a dosimetria das penalidades há que ser equilibrada para os incontáveis ‘duetos’ assim formados.

Entre tantas outras qualificações e tipificações, roubar os dinheiros do povo, além de imoral e ilegal, é desumano.

A meu ver, as exposições dos ministros estão a sinaliza penas suaves para os crimes que cometeram esses delinquentes no transcorrer dos anos.

“Quadrilheiros” sim, consoante a maioria dos ministros demonstraram – não importam as contrárias e rebuscadas ‘firulas jurídicas’ apresentadas por quatro dos ministros do STF.

Tipificados seus agires, condenados e apenados pelos mesmos, deveriam ainda DEVOLVER aos cofres do Estado, o que deles tiraram ou que neles deixou de entrar, por suas ações deletérias.

Triste é constatar-se: ludibriaram um povo crédulo e bom, que acreditava nas mudanças prometidas durante as campanhas eleitorais, cujo cumprimento não ocorreu, segue pífio o valor de aposentadorias, a saúde é um caos, a educação é de péssima qualidade (se é que assim pode ser considerada…); a segurança inexiste … É esta a realidade que se vive em todo o território nacional: não há como negar evidências tão gritantes.

E este nosso sofrido povo, ao receber – e passar a depender do assistencialismo que antecede aos Regimes de Força, por ignorância, sequer deu-se conta do perigo iminente que ronda essas programações sociais todas, principalmente o Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3) (*).

Esta nossa REALIDADE é tristemente reveladora.

As entranhas pútridas estão expostas: tudo ocorreu ao abrigo do Poder Executivo, no próprio Planalto, sede do Executivo. ”Não sabia?” É, no mínimo, preocupante e deveria ensejar as ações cabíveis ao caso.

Consoante se conclui das leitura e exposição dos autos, não há que duvidar da lisura e do agir estritamente legal (como não poderia deixar de ser), do Tribunal Maior. Surreais são as alegações dos seguidores de um partido que assomou ao poder para ‘transformar o país para melhor’. É de lamentar-se que nada há a fazer – apenas a lamentar-se que muitos não vejam – ou não querem ver (ou mesmo admitir) que eles também têm sido enganados.

Finalizo afirmando que, além das penas, deveriam os condenados ser obrigados a devolver aos cofres do Estado o que deles foi tirado ou que neles deixou de entrar.

Quanto aos ‘representantes do povo que se ‘venderam’, sejam seus nomes publicados em jornais de grande circulação, mídia, etc – e também apenados consoante a legislação vigente.

Muitos cidadãos que desacreditavam do Judiciário, estão a constatar que, pela primeira vez na história deste país, não só foram indiciados, como considerados culpados e serão penalizados os traidores da confiança do povo.

Está equilibrada a balança da Justiça e não mais vendas. Siga a Nação em harmonia, com seus olhos sempre atentos e abertos.

(*) Indico, aos que o desconhecem, sua integral leitura.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque Rio de Janeiro, 23 de Outubro de 2012.