Caixa2 - Acabou a farsa da imprensa e do STF?

Destaquei de propósito um paragrafo do texto publicado por Noblat, blogueiro profissional da Globo e obviamente defensor dos interesses das classes ruralistas e empresariais que sempre comandaram esse nosso Brasil e obviamente pagam e remuneram todo o sistema de publicidade que veicula nas estaçoes de TV e rádio e assim eu acho interessante comentar essa relação confusa, paternalista e obscena.:

Destaquei o seguinte trecho do texto do implacável e destemido Noblat.

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"No momento, está votando Celso de Mello. Que também desprezou a tese do Caixa 2:
- O Estado não pode tolerar quem corrompe e é corrompido - disse. E acrescentou:
- É intolerável o cinismo (dos que pregam caixa 2)".
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O grande problema do caixa 2 é que os Juizes do STF, parecem não estarem olhando isso num horizonte mais amplo e a Globo naturalmente como um orgão da imprensa a serviço da elite economica e financeira dessa País, como diriam os Bahianos "conjuminam" com essa estranha posição.

A coisa pode complicar porque a origem do dinheiro será sempre do empresário que contribuiu com o fruto da sonegação ou de lavagem de dinheiro (sonegação ICMs, dizimos em excesso, trafico de armas, drogas) tudo isso enta no esquema de gente que quer se eleger para "legislar em causa propria" ou para ter uma remuneração lucrativa sobre seus investimentos.

Ora, se é esse o dinheiro do Cx2 essecialmente empresarial, então indiretamente quem está financiando a campanha politica de forma suja é o proprio ESTADO em sua essencia, não aquele que todos afoitamente chamam de comando Petralha, que um dia foi de Sarney, ou de Collor, ou do vingativo FHC e sua turma de incompetentes.

Os meretissimos juizes ao pronunciar sentenças terão que girar suas metralhadoras, pois ainda existe muito "bandido escondido" na floresta, fazendo ameaças reais.

As que a imprensa faz, é uma especie de indução e a gente perdoa, mas submeter à ameaçs reais, ai complica. Em 64 usaram o exercito e suas baionetas  e os nosso jovens de boina verde, foram obrigados naquele tempo a caçarem de forma implacável todos aqueles que apoaivam o governo Trabalhista, cuja liderança esteve sob o comando de João Goulart e Brizola.

Hoje, a elite não podendo mais usar a força (porque o mundo evoluiu no campo social e politico) com essas intervenções assassinas, eles se utilizam da retórica da imprensa que sempre esteve a favor dessa gente que adora enriquecer da noite pro dia e depois vão dar entrevista dizendo que o sucesso é fruto de trabalho e competencia, sendo que todos nós sabemos que ninguém consegue se tornar bilionario da noite pro dia ,sem desonestidade ou alguns arranjos institucionalizados.

Resta-nos então desejar que o STF entre em méritos dessas questões e aprofundem para chegar na fonte verdadeira, ressalvando-se o fato de que o nosso judiciário está incorrendo em um risco enorme nessa questão intitulada por Jefferson de Mensalão e prosseguiram com o mesmo rotulo, usando o mesmo palavreado do Bandido.

O STF acusa e julga e exibe perigosamente o microfone com posturas "jaborianas" não muito dignas. Os holofotes da Globo com suas luzes quentes já estão fazendo com que a sociedade queime as pestanas.

Eu acho que o tiro está saindo pela culatra ou em palavras mais grosseiras, estão cuspindo pra cima.

Digo isso, exatamente porque não se pode desprezar a teoria do caixa2. Os "petralhas" manusearam o dinheiro, como sempre fizeram todos os outros politicos de outros partidos e assim como fez também o grupo de politicos conhecidos aqui na Zona da mata Mineira, conhecidos em alguns setores da imprensa como a "gang dos Castros", financiando campanha de prefeitos, vereadores, etc.

Cobraram? Cobraram sim. Que o digam os presidentes de tribunais de contas espalhados por municipios inteiros desse nosso querido Brasil õnde a maioria que governa não são "apetralhados". São sim, os trapalhões de verdade de governos desajeitados e desonestos do PMDB, do PFL, do PSDB que também sabem muito bem o que é o tal mensalão ou caixa2 e estão nesse momento com "o rabo entre as pernas", vendo o ferro entrar como se diz em apenas uma sigla partidária e ainda temos a cara de pau de endeusar os meretissimos juizes que condenam usando o famoso tapa olhos.

Para esclarecer os comentários de nossos visitantes, abaixo transcrevemos um artigo que repasso:

Cynara Menezes: O julgamento do mensalão mudou o País?

publicado em 23 de outubro de 2012 às 19:09

por Cynara Menezes, em CartaCapital

Em agosto deste ano, o ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello concedeu liminar suspendendo o júri popular que finalmente faria Justiça ao “caso Nicole”. O empresário Pablo Russel Rocha é acusado de, em 1998, ter arrastado com sua caminhonete, até a morte, a garota de programa Selma Artigas da Silva, então com 22 anos, em Ribeirão Preto. A jovem era conhecida como Nicole.

Grávida, Nicole teve uma discussão com Pablo. A acusação diz que ele a prendeu ao cinto de segurança e a arrastou pela rua. Pablo, que responde pelo crime em liberdade, diz “não ter percebido” que a moça estava presa ao cinto e nem ter ouvido os gritos da moça porque “o som da Pajero estava muito alto”. O corpo de Nicole foi encontrado, totalmente desfigurado, do outro lado da cidade. Com a suspensão, a família de Selma/Nicole vai esperar não se sabe quantos anos mais pelo julgamento do acusado.

Na segunda-feira 22 de outubro, o mesmo ministro Celso de Mello condenaria os petistas Delúbio Soares, José Dirceu e José Genoino pelo crime de formação de quadrilha. Já os havia condenado por corrupção ativa. “Eu nunca vi algo tão claro”, disse ele, sobre a culpabilidade dos réus.

Em novembro de 2011, o ministro do STF Marco Aurélio Mello concedeu habeas corpus ao empresário Alfeu Crozado Mozaquatro, de São José do Rio Preto (SP), acusado de liderar a “máfia do boi”, mega-esquema de sonegação fiscal no setor de frigoríficos desvendado pela Polícia Federal. De acordo com a Receita Federal, o esquema foi responsável pela sonegação de mais de 1 bilhão e meio de reais em impostos. Relator do processo, Marco Aurélio alegou haver “excesso” de imputações aos réus.

Na segunda-feira 22 de outubro, o mesmo ministro Marco Aurélio Mello condenaria os petistas Delúbio Soares, José Dirceu e José Genoino pelo crime de “formação de quadrilha”. Já os havia condenado por “corrupção ativa”. O esquema do chamado “mensalão” envolveria a quantia de 150 milhões de reais. “Houve a formação de uma quadrilha das mais complexas.  Os integrantes estariam a lembrar a máfia italiana”, disse Marco Aurélio.

Em julho de 2008, o ministro do STF Gilmar Mendes concedeu dois habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas, sua irmã Verônica e mais nove pessoas presas na operação Satiagraha da PF, entre elas o investidor Naji Nahas e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (que morreu em 2009). A Satiagraha investigava justamente desdobramentos do chamado mensalão, mas, para Mendes, a prisão era “desnecessária”.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal), o grupo de Dantas teria cometido o crime de evasão de divisas, por meio do Opportunity Fund, uma offshore nas ilhas Cayman que movimentou entre 1992 e 2004 quase 2 bilhões de reais. O grupo também era acusado de formação de quadrilha e gestão fraudulenta.

Na segunda-feira 22 de outubro o mesmo ministro Gilmar Mendes que livrou o banqueiro Daniel Dantas da cadeia enviou para a prisão a banqueira Kátia Rabello, presidente do banco Rural, por formação de quadrilha. Já a havia condenado por gestão fraudulenta, evasão e lavagem de dinheiro. “Sem dúvida, entrelaçaram-se interesses. Houve a formação de uma engrenagem ilícita que atendeu a todos”, disse Gilmar.

O final do julgamento do mensalão multiplica por 25 – o número de condenados – a responsabilidade futura do STF. É inegavelmente salutar que, pela primeira vez na história do País, um grupo de políticos e banqueiros tenha sido condenado por corrupção. Mas, a partir de agora, os olhos da Nação estarão voltados para cada um dos ministros do Supremo para exigir idêntico rigor, para que a Justiça se multiplique e de fato valha para todos.

Estamos fartos da impunidade, sim. E também estamos fartos dos habeas corpus e liminares concedidos por alguns ministros em decisão monocrática, em geral nos finais de semana ou em férias, quando o plenário não pode ser reunido. Não se pode esquecer que o Supremo que agora condena os petistas pelo “mensalão” é o mesmo Supremo que tomou decisões progressistas importantes, como a liberação do aborto de anencéfalos e da união civil homossexual e a aprovação das cotas para afro-descendentes nas universidades. Estas foram, porém, decisões do colegiado. Separadamente, saltam aos olhos decisões injustas como as que expus acima.

Se há, como defendem alguns ministros, uma evolução no pensamento do STF como um todo, que isto também se reflita nas posições tomadas individualmente por seus membros. Não se pode, diante das câmeras de tevê, anunciar com toda a pompa a condenação e a prisão de poderosos e, à sorrelfa, na calada da noite, soltar outros. Cada vez que um poderoso for libertado por um habeas corpus inexplicável, ou que uma liminar sem pé nem cabeça for concedida por um ministro do Supremo para adiar o julgamento de gente rica, estará demonstrado que o mensalão não foi um divisor de águas coisa nenhuma.

Daqui para a frente, os ministros do Supremo Tribunal Federal têm, mais do que nunca, a obrigação de serem fiéis a si próprios e ao que demarcaram neste julgamento. Nós, cidadãos, estaremos atentos às contradições. Elas serão denunciadas, ainda que ignoradas pela grande mídia.

A Justiça pode ser cega. Mas nós, brasileiros, temos milhões de olhos. E estaremos vigiando