Animais nas eleições 2012
Quer ver algo nítido e que comprova a minha tese? Então, chafurde comigo.
Nós cidadãos brasileiros (digo nós porque sou parte dessa massa) somos idiotas, exímios ignorantes que acham graça em tudo e perdem o fio da meada quando o assunto é: seriedade e respeito na hora de escolher nossos candidatos.
Acho que ainda não sacamos que podemos eleger uma pessoa que vai ADMINISTRAR NOSSA CIDADE, PAÍS ou ESTADO por QUATRO ANOS. Entendeu a importância do negócio?
A gente acha engraçada e posta fotos no Facebook das porcarias que os candidatos espalham pelas calçadas para ser lembrados; a gente ri quando um candidato-palhaço, sem formação para administrar um poleiro de galinhas, é eleito; a gente acha engraçada quando uma mulher-fruta pinta seu número de eleição na bunda e sai por aí rebolando para todos verem. Porcos.
Que lindo! Que país maravilhoso. Agora, virou moda se aposentar do futebol e concorrer nas eleições, meio que aproveitar a fama. Virou moda usar a popularidade do barraco sucesso para angariar votos. Pelo amor de Deus. Que palhaçada é essa? Adianta reclamar quando a gente põe no plenário palhaços, mulheres-putas-fruta e homens de índole... ops, que índole? Não. Ora, por favor, programa com teste de DNA não é cultura e eleger o Markito não é evolução.
Estamos na lama e parecemos nos deleitar com o fartum que dela emana. Para fazer política não basta ter vontade de mudar alguma coisa. Para fazer política é preciso estudar, entender a origem, a história, o meio e para que fim seguiremos.
Não adianta prometer e pegar eleitor por meio de religião, opção sexual ou necessidade. Isso é segregar e, quando dividimos a população, dividimos o país em ignorantes que não respeitam o espaço do outro. Ser político é atender a todos e conhecer a necessidade sem fazer da promessa uma verdadeira utopia. Política não é brinquedo. E não vale postar no Twitter que não aguenta mais. Não adianta reclamar, quando, na verdade, a nossa desunião nos torna reféns de um sistema falido que finge estar em desenvolvimento.
Não adianta ser porco e pagar de educado, quando, na verdade, somos idiotas, ignorantes e burros. Sinto-me como em A Revolução dos Bichos, do George Orwell. Neste cenário, nós brasileiros somos os homens burros e egoístas. Os homens que perdem para os animais e tornam-se escravos de seus próprios desejos.
Veja, tenho focinho, rabo e quatro patas.
A grade e dolorosa verdade, é que votar para muitos e uma obrigação de um domingo do mês de outubro.
A situação só mudará quando fomos capazes de pensar, de escolher melhor quem realmente alavancará a nossa cidade para vôos mais altos. Só assim deixaremos de ser a escoria do mundo para nos tornamos um país de primeiro mundo.
Worlley Fonseca