Debate eleitoral 
 
     Desde o fim da ditadura e que se iniciaram as eleições diretas, se instituiu o debate como forma dos candidatos apresentarem suas propostas aos eleitores.

     Pois bem, o debate é interessante e precisa cada vez ser mais intensificado, não apenas, nas mídias televisivas e faladas, mas nas mídias impressas, em instituições representativas. No entanto, é essencial que a fórmula dos debates sejam também atualizadas e, uma delas, é eliminar o máximo possível perguntas entre candidatos. É fundamental mudar o modelo, pois, a formula usada atualmente pelas mídias televisivas e faladas, não tem contribuído para o esclarecimento dos cidadãos, pelo contrario, tem servido para baixar o nível das eleições, já que, muitas vezes, as perguntas feitas de um candidato para outro é sempre num sentido provocativo, visando réplicas e tréplicas que fogem totalmente ao interesse do eleitor, mas sim, ataques pessoais.

     Acredito que ao mudar o atual modelo por sabatinas com perguntas aos candidatos sobre seus programas de governos ou mesmo entrevistas podem contribuir muito mais para o esclarecimento do eleitor do que manter este atual modelo, ou seja, perguntas feitas entre eles, pois, este modelo tem transformado os debates em espetáculos degradantes para os eleitores.

     Evidentemente, é fundamental o debate possuir uma fórmula onde, além do eleitor  conhecer as propostas de cada candidatos, possa também analisar os perfis psicológicos dos mesmos, através de seu estado emocional é interessante, no entanto, a formula como são feitos os debates atualmente está ultrapassado e, ainda se mantém, mais como forma de espetáculo que de fato um debate elucidativo e que contribuem para a democracia.

     Portanto, que fique esta reflexão à mídia em geral, para os idealizadores e responsáveis pela formulação dos debates eleitorais, procurando atualizar-se em suas fórmulas e estruturas, para que crie no debate um novo modelo, onde as interlocuções, as interações  entre candidatos sejam mínimas e não a tônica dele, e assim, através deles, de fato, o eleitor possa ter uma oportunidade maior em analisar e escolher melhor seus candidatos.
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 28/09/2012
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