TSE Abarrotado de Processos Eleitorais
Os milhares de processos eleitorais submetidos ao TSE, pelo não convencimento das decisões dos TREs de todo o país, deixam candidatos na incerteza de seus mandatos, mesmo que as urnas os favoreçam. Seria a vez de o próprio eleitor não permitir a eleição ou reeleição daqueles que têm pendência na justiça eleitoral, em razão de algumas irregularidades cometidas. Há casos tão evidentes, que se costuma dizer que “até as pedras sabem”. Entretanto, como a justiça só decide pelo que consta nos autos, muitas vezes invertidos pela esperteza de bons advogados, vence aquele que tem maior poder de apagar as manchas de suas fichas. A ficha que era suja torna-se limpa e a sujeira desta vai manchar a outra que era limpa. Coisa que estamos acostumados a ver: o dinheiro fala mais alto.
A esperança está mesmo no fenômeno sobre o qual o homem não tem controle: o tempo. Mesmo que cada ministro trabalhasse ininterruptamente 24 horas por dia, não daria para analisar todos os processos até o dia da eleição. É uma prova de que há muita ficha suja por aí afora. Então, se a Lei da Ficha Limpa já está em vigor, que optemos desde já por quem está desimpedido eleitoralmente, para que mais tarde não venhamos culpar a justiça. Ela também torce para que a decisão seja do eleitor, não a sobrecarregando de tantos processos inúteis.