MACONHA. CORRUPÇÃO. VIOLÊNCIA. PRISÃO. SISTEMA POLÍTICO PODRE

A realidade sócio-econômico-política e cultural brasileira inquienta muitas pessoas e relega a "esmagadora maioria" a grandes padecimentos. A desigualdade social gritante e a violência crescente são apenas alguns sintomas da síndrome duma patologia grave que grassa todos os quadrantes do país. O maior câncer do organismo brasileiro se chama CORRUPÇÃO, cuja causa principal tem sua raiz mais pujante no sistema político brasileiro. Nossos parlamentares na esfera federal não enxergam o país como um todo. Eles usam antolhos, tais quais os burros de carga, para só ver numa direção e dela não se desviar. São o jericos de paletó e gravata que só se preocupam com seus redutos eleitorais e olham apenas para eles. Esses egocêntricos, espertos pra burro, só se preocupam em fazer "obras" onde são votados. E a regra é esta: Tais obras são superfaturadas. "O por fora" é que vai garantir a reeleição desses "engomadinhos". Esse "homens públicos" não estão nem aí com os furos que pipocam no casco desse "grande" barco chamado Brasil. Desde que sua província eleitoral seja contemplada com um pedaço do bolo da renda nacional, o resto "que se exploda", ou melhor, se afunde!

O pior é que, do tumor primário, que se encontra no nosso sistema político-eleitoral, desprendem-se células neoplásicas para todo o organismo da nação. Existe metástase da corrupção em todos os órgãos da administração brasileira, nas suas três esferas, e em todos os Poderes. É bom que cuidemos do Brasil enquanto o tecido sadio ainda suplante o que está lesionado pelo tumor maligno!

Dessa realidade perversa, eclodem problemas e problemas.

Nossas prisões são escolas de criminalidade, onde as pessoas são desumanizadas e onde quem não é pscopata apredende a sê-lo.

E aumentar a duração das penas é sempre proposta pelos demagogos como uma panacéia que teria o condão de curar todos os nossos males. Não é bem assim! Para mim, o único crime que deveria ter sua pena aumentada é o da corrupção, pelos danos sociais que provoca. Este sim, mais do que os outros, deveria ser considerado crime hediondo, pelas vidas que mata, pelas vidas que deixa de salvar, pela fome que espalha, enfim, pela injustiça que provoca.

Por que não procurar arrancar o mau pela a raiz, para que sua árvore não frutique os crimes?

Em vez de superlotar nossas prisões, por que não procuramos esvaziá-las?

Será que, por exemplo, a legalização da maconha e do jogo do bicho, que são praticados de qualquer forma, não seria menos custoso do que a proibição?

A maconha é uma droga, assim como o cigarro e a bebida alcoólica, e os males que provocam à saúde de quem a usa, talvez seja menos danoso para o conjunto da sociedade do que sua proibição legal. Sua descriminalização acabaria com a figura do traficante. Seria menos violência, menos gastos, menos prisões, menos trabalho para polícia, que teria mais tempo para se dedicar ao combate às "drogas pesadas". Por que não a legaliza (não falo libera!) e não se faz como no caso do tabaco: Não permitir a propaganda e mostrar os males que podem causar à saúde. O consumo de cigarros no país vem caindo por causa das campanhas de informação.

Além do mais, legalizando o jogo do bicho e o consumo da maconha, uma droga leve, poderia deles se cobrar impostos. Com a renda, muito provavelmente, teríamos dinheiro para campanhas de esclarecimento e para tratar dos que adoecessem pelo consumo da "canabbis sativa".

Uma obervação: Claro que não consumo maconha, assim como não fumo nem bebo. Meu lema é dizer não às drogas! Porém, devemos encarar os fatos com realismo e sem tabu. Colocá-los debaixo do tapete não os extinguem. Além disso, como um dos grandes problemas do Brasil é a violência, que tem sua origem principal na desigualdade social, tudo que a possa arrefecê-la deve ser objeto de discussão.

Pedro Cordeiro
Enviado por Pedro Cordeiro em 31/07/2012
Reeditado em 01/08/2012
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