CANDIDATO A PREFEITO OU
Durval Carvalhal
Um prefeito, como um governador, ou um presidente da república, é um executivo, um administrador que, portanto, deve demonstrar certas qualidades. Deve ser alguém que tenha ética e preocupação com sua imagem; que tenha pique administrativo e conhecimento da história da cidade e da sua trajetória administrativa; dos seus problemas; das principais demandas da população; que supervisione os sistemas de lazer e convivência social; que cuide das áreas históricas; da mobilidade urbana, mormente do sistema viário; do replanejamento das áreas degradadas; que submeta à análise técnica a expansão imobiliária; que cuide e discipline o tráfego nas principais vias; que administre, com transparência e eficiência, todas as áreas de sua responsabilidade.
Que saiba formar equipes, predominantemente, por competência técnica e comprometida com resultados; que saiba agir com rigor e tempestividade nos caos suspeitos; que saiba evitar apadrinhamento nas composições dos conselhos; que saiba gerir o patrimônio público municipal à luz da boa gestão e do rigor jurídico, salvaguardando o município de prejuízo político-financeiro; que tenha plena e cabal dignidade e postura honrada no seio da sociedade; que saiba priorizar a educação, reconhecendo e valorizando o professor; que tenha espírito democrático, respeitando a liberdade individual e a liberdade de expressão; que seja realizador incansável, perseguindo bons resultados; que saiba tomar as melhores decisões fundamentadas em dados concretos e informações fidedignas; e que saiba, enfim, organizar uma boa secretaria de Ação Social transparente, atenta e atuante perante as demandas daqueles mais precisados.
Por outro lado, o eleitor deve ter consciência de que votar é um direito e uma obrigação. Deve saber que votar é um processo de liberdade e de responsabilidade, porque implica em dar procuração a alguém para legislar e governar a cidade em seu nome.
Dessa forma, o eleitor precisa conhecer ou ter informações sobre o seu procurador político; deve saber quem é ele, como pensa, o que já fez pelas comunidades; como construiu sua carreira política; que ideias e projetos defende para a sua cidade, ou seu estado, ou seu país; deve avaliar bem sua linha política: se progressista ou não; não vender seu voto, que significa vender sua própria dignidade e sua cidadania.
Não deve esquecer que o eleitor consciente e responsável não se contenta apenas em votar em candidato com boas propostas e princípios éticos; deve, também, ser o fiscal do desempenho do eleito; se está cumprindo o que prometeu; se se mantém coerente com suas ideias e projetos; se está se envolvendo em escândalo.
Deve se esmerar em dizer não ao político ambicioso e sim ao político vocacionado e competente; que implemente políticas públicas relevantes para a sociedade, alocando, eficientemente, os recursos públicos.
Esses são, pois, os deveres de um eleitor-cidadão participativo e de conduta ilibada, para poder fiscalizar, exigir e cobrar o mesmo do seu representante, contribuindo solidamente na construção de uma sociedade melhor.