Comoção e Acomodação
Sempre que acontece um "fato" do qual a mídia tem acesso, percebe-se um "furor" no meio das opiniões de "algumas classes do povo". Há a comoção e logo depois a acomodação. As pessoas ficam apáticas diante do fato e a barbárie de um Estado deteriorado acaba parecendo "normal".
Não há nenhuma ação de e do imediato.
Reação já é mais do que necessária.
O fato é que a questão social no Brasil é um caso de polícia e de política.
Os governos pós-ditadura, os representantes do povo e o povo em geral, estão sendo incapazes de promover o diálogo e a formação de princípios ao combate a este Estado deteriorado e, o país sempre trilha em direção para os caminhos e impasses perigosos.
Por mais que por algumas vezes alguns interesses são prejudicados, todos os setores organizados da sociedade brasileira não estão sendo (reais, necessários e imediatos) RADICAIS em suas indignações, atitudes e manifestações para fazer o governo e toda a sociedade entender que a situação de nós, pobre povo, está insuportável.
Não há uma verdadeira discussão de âmbito NACIONAL, e as poucas ou alguns grupos que surgem, a soberba e a vaidade, esses dois instintos humanos, julgam e tornam as sugestões e as idéias "pequenas", se fecham em si mesmos, subestimando e desclassificando-as. Por ser contrario as suas convicções, por mais que haja debates, esses não "negociam" com as opiniões, "digamos", de outros ideais ou idéias legítimas da indignação, de outros setores sociais. Acreditam somente nas coisas que estão nas próprias cabeças.
É o que está acontecendo com as poucas e já confusa discussões de alguns grupos da sociedade, preocupados com os caminhos que o país está trilhando nesses pouco mais de 20 anos.
E, em todos os segmentos da sociedade, de setores empresariais aos sem-teto, passando aos sem-saúde, sem-emprego, professores, caminhoneiros, funcionários públicos, aposentados e pensionistas, o sentimento é de total desilusão, até mesmo para os sem-terra.
Há momentos em que a sociedade precisa ser radical:
Radical para acabar com a corrupção;
Para fazer justiça e acabar com impunidade e a geral liberal do estado de liberalidade;
Para acabar com exemplos de governantes como esses dos oportunistas do continuísmo de 20 anos.
O momento exige que sejamos mais solidários na voz, na palavra e na AÇÃO. Exige que cada um assuma e reforce o seu compromisso de lutar, seja com a voz, com a palavra ou até, se for preciso, com ARMAS em punho.
Creio que já passou da hora de todo cidadão consciente ter o compromisso de ajudar o nosso povo a transformar radicalmente. Essa é a dura e triste realidade.
A grande maioria da sociedade brasileira precisa se levantar em defesa do futuro do nosso Brasil.
As conquistas do povo virá quando o sistema começar a sentir suas ações.
Infelizmente, nas últimas eleições, perdemos uma grande chance de AÇÃO.
De atear FOGO no título de eleitor em praça pública.
Creio e acredito que, se pelo menos uns 25% da massa de eleitores tivesse queimado o título de eleitor numa fogueira em praça pública, as atenções internacionais, da opinião pública, das forças armadas, dos tais formadores de opinião e principalmente "dos podres poderes" perceberiam então que o POVO finalmente começara a ACORDAR
Atitudes desse tipo é que começaremos a mexer com os tentáculos do poder ORIUNDOS nas fartas colheitas das Urnas eleitoreiras.