NO AR: O "RESTOLHO" DA POLITICAGEM

Com perdão pelo também sentido conotativo do vocábulo "restolho", vou aqui escrever mais do que penso, e deveras escreverei principalmente do que sinto.

Obviamente que com a abertura da alma para qualquer refutação do meu sentimento.

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Por definição semântica um dos significados da palavra "restolho" nos é informado como sendo um "resto de palha", a que fica depois duma colheita.

Outro dia, aqui escrevi sobre o caso do passaporte furtado da Nigerana (eu entendi que era um Nigeriana, aprendi que não, aquela senhora que participou da RIO + 20)- o texto (SEM PASSAPORTE...NA MORAL)- aonde um recantista que gentilmente me visitou argumentou, num contato, que tal fato acontece em qualquer lugar do mundo e que temos que parar com esta mania de nos considerarmos o "restolho do mundo".

Não era esse o mérito do meu pensamento textual, o meu foco era o nosso negligente descaso político para com o social .

Decerto que não é o que sinto sobre o país, pelo contrário, acredito piamente que somos uma maravilhosa nação potencialmente forte, porém, cuja politica é demasiadamente fraca, uma nação que ainda não se encontrou "gerencialmente" depois que lutou para trilhar os árduos caminhos da sagrada Democracia.

Democracia? Ara, isso seria tema a ser definido por um compêndio de ciências políticas e por quem entende do assunto.

Muitos exímios comandantes Históricos para um barco prestes a afundar...numa visão bem otimista.

Posto que,todavia, no meu leigo sentimento de brasileira que observa e sente muito nosso movimento do dia- a- dia, percebo que somos sim um certo e bem sofrido "restolho social" advindo das práticas politiqueiras que implementaram falsas colheitas tão euforicamente pregadas pelos políticos "das horas propícias", "showmen's dos palanques" que nos nortearam pela nossa História sem a mínima noção de futuro, principalmente os que nos gerenciaram pelos tempos mais contemporâneos.

Já escrevi sobre isso por aqui.

Entretanto, atualmente não se fala em outra coisa a não ser- em meio a tantos problemas sérios de ordem política que nos "metastatizam socialmente " como um câncer oculto o faz- sobre o que penso que acordamos bem tardiamente, o problema nada novo e super prognosticado, o do endividamento da Nação Brasileira, ao mesmo tempo em que o governo demora demais a admitir, numa expressão bem chula, que "a coisa aqui tá preta". E como está! Ninguém sabe o que fazer para vender!

Eis o nosso grande "restolho" social do tsunami financeiro ressurgente depois da plantação e da colheita das nossas inúmeras marolinhas....

O que mais me espanta é que brasileiro sofre sorrindo.

Hoje, não há a quem se pedir socorro. Afundamos em conjunto...no todo social. Nada funciona.

Com a desculpa política de que a crise não é só nossa, o governo dá um jeitinho de minar a poupança da classe média mas favorece o preço do dinheiro para os bancos. Sempre tem quem ganha frente às tragédias plantadas.

E ainda declaram em alto tom... que brigam com os banqueiros.

O país enfraquece industrialmente, tudo parado, cem mil empregos foram perdidos na indústria, somos pobres em tecnologia, não temos saúde nem educação...mas temos crédito para comprar comprar, comprar... com dinheiro virtual, ou seja, com dinheiro que não existe e que nem o governo tem. Mas gasta EXATAMENTE COMO O POVO: GASTA O QUE NÃO TEM.

Gasta inclusive com caminhos faraônicos que não nos levam a lugar algum.

Tudo igual ao de sempre, quase nada mudou, a não ser a atual e preocupante colheita.

E depois vem a tela hegemônica a fazer o seu ridículo social a defender o bolso do povo... A ENSINAR O POVO SOBRE FINANÇAS, QUE RIDÍCULO! Se é difícil fazer a Nação aprender aritmética o que dizer da matemática financeira!

Não nos resta muita coisa a não ser comprar. É catártico para uma Nação cujo restolho principal foi ter comprado "gato por lebre".

Afora os gatunos...que historicamente corrompem a Nação, sem que nada possamos fazer a não ser rezar.

Quando compramos nos sentimos falsamente ricos...entende o governo?

Quem sabe um dia um grande milagre aconteça-aquele que se chama EDUCAÇÃO!- e nele nos livremos para sempre das tantas ervas daninhas, aquelas que contaminam até o solo dos tristes restolhos das falsas colheitas.