Depois

Foram tantos os anos de dedicação profissional; Foram tantas as horas de enlevo na procura de sonhos; Foram tantos os momentos de dedicação à causa desenvolvimentista, que, confesso, para minha surpresa, o profissionalismo, os sonhos e a dedicação, desfigura-nos aos ver e ouvir de nossas lideranças políticas enveredarem pelos caminhos do “faz de conta” tentando enganar nossa humilde população, fazendo valer aquilo que nós já sabermos: ela é apenas massa de manobra. Assim dizemos por que alguns dos políticos que têm o privilégio de ter-me como amigo (desculpem a falta de modéstia), eles insistem em provar que amizade não vale a pena se não houver um vínculo político que os satisfaça. Fomos, somos e sempre seremos defensores de atitudes que se coadunem com propósitos desenvolvimentistas para nossa querida Teresina, mas, com respeito a quem pensa o contrário, não aceitamos em nenhuma hipótese, que Teresina tenha um dono, como parece-nos querer impor algumas alas dissidentes de uma das vertentes partidárias em nosso Estado. Ainda bem que é apenas uma facção da vertente partidária. A outra vertente menos vulnerável aos encantos econômicos, permanece apática ao que decidiu uma minoria que se diz maioria, contrariando os princípios que fundamentaram sua criação.

Hoje, muito tempo depois, ficamos a nos perguntar: por onde caminharão nossos pés se temos como norte o ter simplesmente por ter? E o ser onde fica? Bastar-nos-á somente ter? São perguntas que incomodam alguns, mas que pouco interessa a quem se acha dono do poder. Precisamos, urgentemente, analisar, criticar e decidir o que queremos para Teresina. Será que o que está posto nos basta? Será que nós precisamos ter um dono para comandar nossos destinos ou precisamos apenas de um líder que nos faça pensar não só sobre o que precisamos, mas o que queremos para o futuro de nossos filhos? A população de Teresina, principalmente, os jovens, precisa analisar, criticar e decidir a quem vai delegar poderes para administrar o seu destino nos próximos quatro anos. Nosso destino depende de sua decisão. Se quiserem saber por que Teresina não precisa de um dono, conte comigo. Estou disposto a esclarecer o porquê. Caso contrário, permaneçam esperando pelo que está no poder, pelo que está posto. Para ser bom, melhor esperar para depois. Para mudar ou não, todos nós teremos uma oportunidade num futuro bem próximo. Cabe-nos optar entre quem quer ser o dono de Teresina e quem quer lhe dar uma oportunidade de se libertar do jugo de quem acha que ter, é melhor do que ser. O julgamento é nosso, é seu. Se o que agora nos parece bom, o depois nos provará o quanto foi importante viver e sonhar com tudo que merecemos. Tudo vai depender sua decisão – o melhor é agora ou depois? A decisão é sua, é nossa.

Rui Azevedo – Professor

Publicado no Jornal Diário do Povo de Teresina-PI em 16.06.2012

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 16/06/2012
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