Política e Verdade.

Política e Verdade.

Já vimos em “Verdade e Justiça e Utopia” (www.recantodasletras.com.br) que há verdade absoluta, e verdades absolutas... Ainda a mais quando a frase “a verdade é relativa” se contradiz em si mesma, na medida em que, pelo o que informa o seu conteúdo, se ela é uma verdade absoluta não admitindo haver verdade absoluta. Por outro ângulo, se considerada a mesma frase “a verdade é relativa” como absoluta, essa verdade de que a verdade é relativa não é uma verdade relativa, admitindo inferir haver verdade absoluta.

Sem negar a existência da verdade relativa, não há como negar a existência da verdade absoluta – aliás, o que seria da matemática (e da física) se não fosse verdade que a=b=c resulta em que b=a, c=b etc.? Se não há abstração e dá-se nome a “a” de abacate e “b” de bola, e “c” de cavalo, tudo vai pro espaço – seria ininteligível (matematicamente)...

Como em “Verdade e Justiça”, política e verdade andam juntas. Considerando “política” como a administração das relações interpessoais (aqui interessa a pessoa-indivíduo) - não há como conviver sem fazê-la e praticá-la no dia-a-dia.

Nossa educação, calcada sobre verdades absolutas a respeito do que é bom, certo e útil (direito), evidentemente repelindo a mentira, fazendo e recebendo a justiça, nos ensina como nos conduzirmos nas relações com o próximo em família, no meio estudantil, social, profissional etc. Dizer “por favor”, “obrigado”, “bom dia”, ser simpático, não faltar compromissos, pagar impostos (que têm efeitos sociais), escovar os dentes (além da saúde, para poder se apresentar ao outro com bom hálito), fazer leis etc., são atos que nada mais representam que a prática efetiva da política.

É certa a frase que diz - “o ser humano é um ser político” -, desde que o homem é animal gregário (não vive solitário, e, sim, coletivamente).

A política partidária, que é uma espécie de Política, derivada da política Estatal (que dá origem ao termo “política”), é imprescindível, absoltamente necessária à organização Estatal, e, por conseguinte, à própria existência em coletividade.

Não ser ou não querer ser político, é lutar contra a verdade fática da vida...

Não querer ser político-partidário, é deixar de colaborar com a organização do Estado.

Rodolfo Thompson – 26/5/2012

Rodolfo Thompson
Enviado por Rodolfo Thompson em 27/05/2012
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