Otários-Públicos: Contracheque na internet é risco de morte

A medida pode ser legal, mas expõe funcionários públicos aos criminosos
 
O salário do servidor público é pago pelo governo, depositado em conta-salário de banco oficial. Todo ano a Receita Federal e o Tribunal de Contas da União fiscalizam e comparam os valores, a fim de descobrir vestígios de enriquecimento ilícito. Até aí, tudo bem.
 
O problema é colocar nas mãos de qualquer um a vida financeira das pessoas, com acesso direto pela internet. Agora os bandidos não precisam mais aplicar os golpes da “saidinha bancária” nem explodir caixas eletrônicos pelo país. Basta consultar o nome dos otários-públicos, descobrir o endereço e esperar na próxima esquina.
 
Quem é político de carreira pode tremer nas bases por mostrar quanto ganha. Mas eles têm seguranças e andam em carro blindado ou helicóptero. Mas o cidadão honesto, que entrou no serviço público através de concurso e cumpre carga horária diária não pode comprar revólver, nem tem como bancar segurança particular.
 
A segurança pública deste país está nas mãos de empresas privadas que fazem vigilância até mesmo de empresas e órgãos estatais. Nas ruas, o policiamento é ineficiente. Assim, quem vai proteger o cidadão comum da violência, extorsão, assalto, sequestro e outros crimes? Com a palavra as autoridades.
Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 24/05/2012
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