A proteção de custa caro

Os defensores de direitos humanos, vinculados à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que estão no Pará e Amazonas terão apoio dos integrantes da Força Nacional de Segurança Pública para a execução de suas atividades. Na área, há permanentes denúncias de violações de direitos humanos e também de agressões ao meio ambiente por meio de ações de madeireiros.

A portaria definindo a participação dos agentes está publica na edição de (14) do Diário Oficial da União e é assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Mas afinal, não sairia mais barato identificar a origem das ameaças e punir os culpados que em sua maioria são desmatadores; aplicar de fato políticas públicas de preservação ambiental e combate a esses crimes?

Quanto custa para o país um policial desta formação sentado dentro de uma viatura observando o dia a dia de um trabalhador rural ameaçado de morte? Outro ponto muito importante é, será que todos os ameaçados receberão proteção?

Só na região da Transamazônica, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), que tem um líder ameaçado, o Padre Amaro (Anapu), estima que mais de 150 pessoas façam parte dessa lista. Instituições sociais falam em mais de 1.500. Quem protege essas pessoas? Há policiais para tantos ameaçados? Afinal, lugar de policial é combatendo o crime nas ruas ou parado dentro de uma viatura cuidando de uma única pessoa?

Proteção ao trabalhador, quem tem obrigação de dar é o estado, com investimento social no campo, programas de assentamentos de qualidade, (na região há relatos de assentados que receberam lotes onde sequer havia água), de fato realizandoi uma reforma agrária, punindo invasores de terra, fazendo valer e votando de uma vez por todas o código florestal brasileiro.

Proteção a pessoa ameçada tem dia e hora para acabar, depois desse prazo, como ficam essas pessoas? Viverão eternamente sob os olhares atentos da polícia como criminosos? Criminoso é quem ameaça e ele sim merece essa prisão disfarçada.