A Proliferação dos Pedágios no Território Paulista
E os pedágios viraram notícia novamente. Numa tentativa de simplificar o preço final, o governo de São Paulo adotou por critério o arredondamento, visando a evitar proporcionar preços que contribuam no denominado troco. Uma boa ideia; o problema é que os contratos estipulam valores calculados em índices específicos, de modo que o valor chega em um número exato e normalmente não arredondado. Resultado, ao se tomar tal providência, alguns preços ficaram acima, outros corretos e outros abaixo. Os corretos, sem problemas, deram sorte: o ajuste coincidiu com um número que fica adequado ao troco. Entretanto, se ficar a mais o consumidor estará pagando alguns centavos a mais, que dado o grande volume acaba sendo uma soma considerável, que pode gerar pendências judiciais futuras contra as concessionárias; se for a menos, aí quem reclama são as concessionárias e vão querer que o Estado pague pela diferença não arrecadada. Ou seja, a boa ideia acaba sendo uma solução inadequada. Aliás quanto à boas ideias, e a criatividade, seria interessante que os homens públicos de São Paulo começassem a pensar numa solução que contemplasse melhor o contribuinte, afinal o pedágio veio, aumenta continuamente, e vem aquele e dizem: mas estradas estão cuidadas. Ora só faltava não estarem. Apenas para lembrar continua-se pagando o tal IPVA por conta de ser proprietário de veículo, e toda aquela montanha de impostos: na compra do veículo, no seu abastecimento, na sua manutenção, inclusive se paga imposto sobre o próprio pedágio. O fato é que conforme vão aumentando os preços, vão levando embora o nosso direito de ir e vir, abundantemente cobrado, e escassamente retribuído pelo Estado. Hoje, conforme o percurso, o preço dos pedágios já acaba sendo maior do que o gasto do combustível. Diga-se de passagem, um dos mais caros do mundo, antes que algum gênio cruel resolva aumentar o preço dos combustíveis ao invés de baixar ou sumir com os pedágios. É evidente que se quer transitar em rodovias adequadas, aliás é um direito já pago, o pedágio é um pagar novamente. É muito bonito falar em privatização quando isto implica repassar o custo já pago pelo contribuinte para ele, e ganhar em cima. Privatização deveria reduzir o Estado, se é que é isto que se quer fazer, e não agigantá-lo ainda mais, cobrando novamente o que já está pago de fato. Ah, sim, quanto ao tal do arredondamento, em 72 praças os reajustes ficaram corretos, porém menores em 39, e maiores em 24. Não sei se os números que preocupam o cidadão são os centavos do arredondamento; parece mais assustador ao somar o número de praças de pedágio se chegar a 135, realmente é muito pedágio, seria melhor que o governo tivesse boas ideias em favor da renda do contribuinte ser melhor utilizada, do que se preocupar com o troco. O problema está no atacado da situação e não no pequeno varejo.
Professor da UNIFAE, centro universitário em São João da Boa Vista-SP. Ex-Presidente do IPEFAE (2007/2009). Economista pela UNICAMP, pós-graduado em Economia de Empresas UNIFAE, com Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação pela UNIMARCO. Doutorando em Educação pela UNIMEP Comentarista Econômico da TV UNIÂO. Membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista-SP, Cadeira nº06, Patrono Mario Quintana.
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-proliferacao-dos-pedagios-no-territorio-paulista/51158/
E os pedágios viraram notícia novamente. Numa tentativa de simplificar o preço final, o governo de São Paulo adotou por critério o arredondamento, visando a evitar proporcionar preços que contribuam no denominado troco. Uma boa ideia; o problema é que os contratos estipulam valores calculados em índices específicos, de modo que o valor chega em um número exato e normalmente não arredondado. Resultado, ao se tomar tal providência, alguns preços ficaram acima, outros corretos e outros abaixo. Os corretos, sem problemas, deram sorte: o ajuste coincidiu com um número que fica adequado ao troco. Entretanto, se ficar a mais o consumidor estará pagando alguns centavos a mais, que dado o grande volume acaba sendo uma soma considerável, que pode gerar pendências judiciais futuras contra as concessionárias; se for a menos, aí quem reclama são as concessionárias e vão querer que o Estado pague pela diferença não arrecadada. Ou seja, a boa ideia acaba sendo uma solução inadequada. Aliás quanto à boas ideias, e a criatividade, seria interessante que os homens públicos de São Paulo começassem a pensar numa solução que contemplasse melhor o contribuinte, afinal o pedágio veio, aumenta continuamente, e vem aquele e dizem: mas estradas estão cuidadas. Ora só faltava não estarem. Apenas para lembrar continua-se pagando o tal IPVA por conta de ser proprietário de veículo, e toda aquela montanha de impostos: na compra do veículo, no seu abastecimento, na sua manutenção, inclusive se paga imposto sobre o próprio pedágio. O fato é que conforme vão aumentando os preços, vão levando embora o nosso direito de ir e vir, abundantemente cobrado, e escassamente retribuído pelo Estado. Hoje, conforme o percurso, o preço dos pedágios já acaba sendo maior do que o gasto do combustível. Diga-se de passagem, um dos mais caros do mundo, antes que algum gênio cruel resolva aumentar o preço dos combustíveis ao invés de baixar ou sumir com os pedágios. É evidente que se quer transitar em rodovias adequadas, aliás é um direito já pago, o pedágio é um pagar novamente. É muito bonito falar em privatização quando isto implica repassar o custo já pago pelo contribuinte para ele, e ganhar em cima. Privatização deveria reduzir o Estado, se é que é isto que se quer fazer, e não agigantá-lo ainda mais, cobrando novamente o que já está pago de fato. Ah, sim, quanto ao tal do arredondamento, em 72 praças os reajustes ficaram corretos, porém menores em 39, e maiores em 24. Não sei se os números que preocupam o cidadão são os centavos do arredondamento; parece mais assustador ao somar o número de praças de pedágio se chegar a 135, realmente é muito pedágio, seria melhor que o governo tivesse boas ideias em favor da renda do contribuinte ser melhor utilizada, do que se preocupar com o troco. O problema está no atacado da situação e não no pequeno varejo.
Professor da UNIFAE, centro universitário em São João da Boa Vista-SP. Ex-Presidente do IPEFAE (2007/2009). Economista pela UNICAMP, pós-graduado em Economia de Empresas UNIFAE, com Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação pela UNIMARCO. Doutorando em Educação pela UNIMEP Comentarista Econômico da TV UNIÂO. Membro da Academia de Letras de São João da Boa Vista-SP, Cadeira nº06, Patrono Mario Quintana.
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-proliferacao-dos-pedagios-no-territorio-paulista/51158/