Deveria ser a Presidente. Mas, não é do gosto. A Presidenta. A Presidente?!?! Não! Não, não! Não e não. É a Presidenta e pronto. Não se discute mais gramática neste País tiriricas.
Por vezes fico mesmo tiririca da vida. Hoje por exemplo, estou assim, bem tiririca, aborrecido, indignado e chateado.
Afinal, de vez por outra apunhalam a Língua Pátria numa ou noutra canetada.
Foi assim, na polêmica envolvendo o livro distribuído pelo MEC do governo do PT. Pontualmente no segundo volume da coleção “Viver, Aprender”, da Editora “Global”, com o título de “Por uma vida Melhor”. Esta edição foi distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) à Educação de Jovens e Adultos (EJA) para mais de quatro mil escolas, atingindo mais de meio milhão de brasileirinhos e brasileirinhas.
Entenderam, através de uma visão unilateral, míope, o quanto é importante falar errado para evitar o que chamam de “preconceito lingüístico”. Primando, assim, pelo populismo de uma linha político partidária.
Ora, o PNDL, no passado, foi considerado um dos melhores programas deste gênero no Mundo. Mas, rapidamente foi pro brejo no momento em que os autores, dilacerando a Língua Portuguesa, pregaram que “...os livro ilustrado mais interessante estão emprestado.” Justificam que o fato do artigo “o” se encontrar no plural já indica a existência de mais livros. Ah! Tá! Então “nós” vai acreditar.
Ainda a pouco, na primeira sexta hora da manhã, fui cravar pegadas nas areias da praia e respir o ar com cheiro de mar.Esbarrei com um grupo de três conhecidos pescadores. Travamos um trololó.
- Bom dia queridos.
- Bom dia. Batendo perna homem de Deus?
- Sim, aproveitando esta deliciosa manhã.
- É mesmo querido. Tá fresquinha. Max, daqui a pouco o Soli vai quentá o quengo.
- Verdade. E, vocês vão fazer o quê?
- Nós vai pescar de tarrafa no trapiche.
- Então, boa pescaria. Vou continuar batendo perna.
Ora, a linguagem, num diálogo coloquial, informal, utilizada no cotidiano, realmente, não exige a observância total da gramática. Esta linguagem dá mais fluidez e entendimento na comunicação. Principalmente, neste caso específico, em que convivo com uma comunidade açoriana.
Bem diferente é a linguagem formal ou culta. Ela deve prezar pela rigidez das normas gramaticais e que devem ser ensinadas nas escolas públicas e privadas.
Mas não é isto o que se quer e se deseja neste País de 14 milhões de analfabetos e cerca de 17 milhões de analfabetos funcionais.
Esta triste constatação é resultado de uma pesquisa realizada pela UNESCO. Coloca-nos no octogésimo oitavo lugar dentre 127 países pesquisados.
Aqui tapa-se o Sol com a peneira. Criam-se subterfúgios. Navega-se entre o adequado e o inadequado. Ingredientes para tornar o País um pouco mais burro. Artimanha em nome de um “preconceito lingüístico”.
Então tá!
(*) Imagem Google
Por vezes fico mesmo tiririca da vida. Hoje por exemplo, estou assim, bem tiririca, aborrecido, indignado e chateado.
Afinal, de vez por outra apunhalam a Língua Pátria numa ou noutra canetada.
Foi assim, na polêmica envolvendo o livro distribuído pelo MEC do governo do PT. Pontualmente no segundo volume da coleção “Viver, Aprender”, da Editora “Global”, com o título de “Por uma vida Melhor”. Esta edição foi distribuída pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) à Educação de Jovens e Adultos (EJA) para mais de quatro mil escolas, atingindo mais de meio milhão de brasileirinhos e brasileirinhas.
Entenderam, através de uma visão unilateral, míope, o quanto é importante falar errado para evitar o que chamam de “preconceito lingüístico”. Primando, assim, pelo populismo de uma linha político partidária.
Ora, o PNDL, no passado, foi considerado um dos melhores programas deste gênero no Mundo. Mas, rapidamente foi pro brejo no momento em que os autores, dilacerando a Língua Portuguesa, pregaram que “...os livro ilustrado mais interessante estão emprestado.” Justificam que o fato do artigo “o” se encontrar no plural já indica a existência de mais livros. Ah! Tá! Então “nós” vai acreditar.
Ainda a pouco, na primeira sexta hora da manhã, fui cravar pegadas nas areias da praia e respir o ar com cheiro de mar.Esbarrei com um grupo de três conhecidos pescadores. Travamos um trololó.
- Bom dia queridos.
- Bom dia. Batendo perna homem de Deus?
- Sim, aproveitando esta deliciosa manhã.
- É mesmo querido. Tá fresquinha. Max, daqui a pouco o Soli vai quentá o quengo.
- Verdade. E, vocês vão fazer o quê?
- Nós vai pescar de tarrafa no trapiche.
- Então, boa pescaria. Vou continuar batendo perna.
Ora, a linguagem, num diálogo coloquial, informal, utilizada no cotidiano, realmente, não exige a observância total da gramática. Esta linguagem dá mais fluidez e entendimento na comunicação. Principalmente, neste caso específico, em que convivo com uma comunidade açoriana.
Bem diferente é a linguagem formal ou culta. Ela deve prezar pela rigidez das normas gramaticais e que devem ser ensinadas nas escolas públicas e privadas.
Mas não é isto o que se quer e se deseja neste País de 14 milhões de analfabetos e cerca de 17 milhões de analfabetos funcionais.
Esta triste constatação é resultado de uma pesquisa realizada pela UNESCO. Coloca-nos no octogésimo oitavo lugar dentre 127 países pesquisados.
Aqui tapa-se o Sol com a peneira. Criam-se subterfúgios. Navega-se entre o adequado e o inadequado. Ingredientes para tornar o País um pouco mais burro. Artimanha em nome de um “preconceito lingüístico”.
Então tá!
(*) Imagem Google