FALANDO NO DEMO
Hoje vamos falar do Demo. Não, não é o coisa ruim...ou até é...bem, pra não confundir ninguém, vamos tratar do assunto do momento: Caso Demóstenes Torres, o Demo pra os íntimos. Sabe o significado do seu nome? “Aquele que tem a força do povo”. Nada mais irônico a essa altura do campeonato, uma vez que o ilustre Senador está fraquinho-fraquinho, politicamente falando. Logo ele, que era o ícone da moralidade parlamentar. Um orador digno do título que Robespierre adquiriu na França pré-revolucionária: Incorruptível.
O Senador Demóstenes (DEM-GO) passou os oito anos do seu primeiro mandato aparecendo nos mais variados veículos midiáticos cada vez que uma bomba explodia no cenário político. Qualquer denúncia de corrupção tinha o seu duro comentário, tão elogiado pela imprensa que o colocou no pedestal de “Defensor da Ética na Política Brasileira.” Mas agora, no primeiro ano do seu segundo mandato a sua máscara caiu. E com o perdão do trocadilho: caiu cachoeira abaixo.
A Polícia Federal com a autorização da justiça gravou conversas telefônicas entre o Senador e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso por ser o líder de uma quadrilha que explorava caça-níqueis em Goiás. Com apelidos carinhosos de Mestre e Professor, eles falam sobre interferências em processos judiciais e sobre a votação de Leis que beneficiem de alguma forma os jogos de azar. Em outros diálogos, entre Cachoeira e seus capangas, o nome de Demóstenes é citado várias vezes, e quantias milionárias que cabiam ao Senador dentro do esquema também são mencionadas.
Demóstenes, que sempre teve a língua solta ficou calado quando seu partido pediu explicações. Disse que queria mais tempo para conhecer as acusações. Justo ele, que tanto falou para derrubar inimigos políticos, favorecer aliados e chamar para si todos os holofotes. Para evitar a sua expulsão, acabou por adiantar o processo afirmando em nota: “Diante do pré-julgamento público que o partido fez, comunico a minha desfiliação do Democratas.” Ele agora é filiado de outro DEM: Demagogos.