E O BRASIL TITIRICOU
Quando jovem buscava respostas de meus líderes; meu pai principalmente. Meu principal professor gostava da ditadura, coisa que detestei quando me achava gente. Como torcia para aquela pedra na Geni acertasse a vidraça de um general daquele. Mas a ideologia de um jovem não compete e nem pode competir com a sabedoria dos mais velhos. E meu humilde e sábio pai sabia disso. E falava, com lágrimas nos olhos, que nosso país precisava da ditadura porque sem ela estaríamos caminhando para o anarquismo.
E a vida, nossa principal professora me ensinou depois de adulto que meu pai estava certo. Em nossa suposta estória, dita democrática, consta os militares como carrascos dos supostos democratas. Oras bolas! Tinha meia dúzia de militares, ganhando cavalos ou não, “o cavalo do Figueiredo”, mas meia dúzia de militares tomava conta desse Brasil inteiro e existia respeito entre as pessoas.
Hoje viramos zumbis na mão dessa falsa ideologia de democracia financeira onde um vereador de meu município tem mais poder que o Figueiredo quando fez a transição para a democracia.
Se não existe ditadura militar, existe a ditadura financeira onde uma nota vaga de mão em mão e cai de novo no Banco Central onde o governo corrupto, taxando cada vez mais, distribui o dinheiro entre os coligados como se nosso suor só fosse aquele toucinho gordo que meu pai fritava. Sobrava aquele tanto de gordura que meu pai guardava para cozinhar um feijão; hoje, desde FHC, o governo usa essa gordura para fritar algum oponente do “esquema”.
Mas eu queria falar que o partido do Tiririca, está pressionando nossa grande presidente a lhes ceder o ministério dos transportes porque senão vão lançar o Tiririca a prefeito de São Paulo! Meu Deus! Que saudades de meu pai...
JOSÉ EDUARDO ANTUNES