A Saga do Jornal Movimento

Quem se interessar em saber ou recordar o que ocorreu de mais importante no país no período de julho/75 a novembro/81, precisa ler o livro de Carlos Azevedo, publicado pelo Manifesto Editora, 2011, 336 pág.. Acompanha o livro CD com as 334 edições do jornal. Lá estão a luta pela anistia, assembléia constituinte, as greves do ABC. A história do surgimento do Lula, o massacre do Pará. E o mais interessante. Pessoas de prestígio ajudavam o jornal, como Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Motta, Chico Buarque, Guido Manteiga e muitas outras. Até o Chico Mendes vendia o jornal no Acre. Porque foi um dos órgãos que mais lutou contra o regime então vigente. E seus seis anos de vida não podem ser relegados ao esquecimento.

E só deixou de circular em conseqüência das bombas que eram atiradas contra as bancas que ousassem expor Movimento à venda. E também pela falta de interesse da classe empresarial. Viveu só de vendas avulsas e assinaturas. E poucos cotistas. Para ser cotista, tinha de ter coragem, diz o livro. O que se estranha é quase a ausência de nikkeys. Há uns cinco cotistas. E envolvidos com Movimento alguns nomes como Shizue Imanishi, Célio e Sérgio Fujiwara, Nelson Nakamoto. E , claro, é bom lembrar que Sérgio Motta um dos que mais apoiou o jornal financeiramente, era casado com uma nikkey, dona Wilma. Só por curiosidade: Em janeiro de 1979, a criação do PT foi apresentada durante o Congresso dos Metalúrgicos realizado em Lins

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 14/12/2011
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