CAPITALISMO EM CRISE
Mais uma crise do capitalismo toma conta do mundo dos negócios, do universo dos meios privados de produção; aos olhos dos desatentos, parece ser simplesmente mais uma crisezinha cercada de algumas dificuldades em torno do sistema capitalista --- ledo engano--, o modo de produção privado de bens e consumo, ao longo de sua existência foi, e é marcado por dificuldades gerencias sistemática --- suficiente lembrar a quebra da bolsa nos EUA em 1929. Independente do que dizem os defensores ou ideólogos da doutrina capitalista, fato é que, em nenhum momento da história do domínio do capitalismo na História da humanidade, essa doutrina se mostrou eficiente no tocante à equalização ou superação das grandes questões sociais que há séculos assola a maioria dos trabalhadores do nosso planeta. Haveria, no atual contexto histórico alguém dentre nós que em sã consciência seja capaz de defender a doutrina capitalista ?
A atual crise do século XXI, já atinge indistintamente os maiores mercados produtores, a começar pelos Estados Unidos, Europa, Ásia e América; como sempre, os maoires idicadores são as baixas cotações de mercado praticados pelas respectivas bolsas de valores, com isso, acarretando enormes consequências para as economias desses países: a baixa produção, o desemprego em massa, a queda na qualidade dos serviços públicos, a ausência de produtos alimentícios --- só pra citar algumas das consequências diretas desta crise ---, são em síntese, as mazelas desta atual "crise" capitalista. Dentro desse prisma analítico, cabe uma pergunta: Como fica e quais as alternativas que possuem os países como o Brasil, cuja economia e desenvolvimento científico-tecnológico se encontram em fase de construção ? Isso sem falar nos nossos insignificantes ídices econômicos e sociais!
Muito embora a equipe do ministério da fazenda da atual presidenta Dilma, afirme categoricamente que não há motivos para maiores preocupações, é de bom senso não se descuidar, uma vez que os mecados consumidores americanos e europeus, são nossos maiores credores, isso implica dizer em outras palavras que o nosso país não pode nem pouco deve menosprezar a atual crise econômica mundial, ( por lá, os estragos já são claros e bem visíveis ), sua dimensão e abrangência são, via de regra, imprevisíveis e sobre tudo, sem data marcada para seu fim. Aos olhos dos economistas mais cautelosos, cabe o conselho de prudência, e de fino trato com as novas demandas de um mercado econômico e financeiro em crise e em escala espiral crescente --- uma evidência disso tudo na economia brasileira, é a volta da inflação ---, uma velha conhecida da nossa história econômica que em muito é responsável direta por penalizar a classe trabalhadora brasileira e a população como um todo.
Desconhecemos, portanto, alguém ou alguma instituição do nosso meio democrático brasileiro que se coloque numa posição de defesa do sistema capitalista, uma vez que suas inúmeras crises anotadas pela História, são por si só suficientes pra mostrar o quanto os meios de produção privado são uma modalidade
historicamente esgotada; restando à humanidade buscar outras alternativas de exploração sustentável da natureza e de convivência
nesse planeta que é a nossa terra e nossa casa. Por que não adotamos desde já uma política econômica balizada pelos ensinamentos e práticas socialistas ? O socialismo que defendemos possui cada vez mais contornos democráticos, humanitários, ambientalistas e essencialmente voltado às questões de sustentabilidade, preservação e com o futuro do nosso planeta.
DIMAS CASSIMIRO: Professor-pesquisador, Pedagogo,pós-graduado, Mestrando em Educação, Escritor, cronista, poeta e Militante do PCdoB-MA