Gastão, o B.O.

Gastão, o B.O.

O lixão do governo vai rendendo bem. Cai mais um ministro. Agora, foi o do turismo, se não me engano.

E sobe ao monte um outro, da turma de José Sarney, donatário da capitania de São Luiz do Maranhão, que também tem essa de dar expediente de Senador em Brasília.

E como é a graça do apadrinhado? Gastão!

Agora tá ficando explícito. Já vão esclarecendo logo de saída. O indicado com o nome certo. Que nem uma caixa de remédio, na prateleira. Cínico, porém eficiente.

E o cabra já vai logo esclarecendo: "Não sou do tipo genérico"!

Claro que não - o lance dele é outro. Ele é do tipo B.O*.

E vai longe! Vai, sim.

Genérico é o PMDB, partido dele, segundo ele mesmo. Mas, essa já uma outra história...

*B.O.: segundo o ex-presidente Associação Brasileira das Redes de Farmácia (Abrafarma), Aparecido Bueno de Camargo, diz respeito, supostamente, a medicamentos cuja venda é objeto de bonificação pela indústria farmaceutica e, que tem, no entanto, uma versão uma outra e jocosa versão entre os proprietários de farmácias, que significa "Bom para Otário", em virtude da ausência de comprovação de efeito ou eficácia dos princípios ativos dos tais produtos, que são diariamente "empurrados" para os consumidores, sob a plácida tolerância das autoridades brasileiras da área de saúde.

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Em 17. 09.2011 - ficou mais divertido do que estava e eu voltei...

Foram tantas emoções em Brasília, depois da escolha do B.O.! A imprensa descobriu que Gastão só foi indicado por Sarney para a pasta do turismo, depois da recusa de um outra indicação dele, devidamente examinada pelo governo federal: a de um deputado federal ligado a grupos de extermínio!

Depois disso, veio à baila a informação de que Gastão foi um crítico feroz do mensalão na tribuna da Câmara Federal e, que ele deixou entrever à imprensa que não entende bulhufas da área da pasta para o qual foi indicado - quando declarou que ia se valer do conhecimento dos técnicos da pasta, para ir tocando em frente.

Além disso, os jornais e revistas rememoraram suas críticas ao partido ao qual pertence, o PMDB, d o qual declarou ser uma agremiação onde "...todo mundo manda, ninguém obedece e cada um faz o que quer".

Para completar, fez questão de declarar à imprensa a sua fidelidade canina ao padrinho, José Sarney.

Resultado: a presidente da república estava com o semblante muito pouco satisfeito (popularmente conhecida como "cara de bunda"), no ato de sua posse.

E Sarney, presente na cerimônia, estava com uma pose parecida com a do meme "Like a boss (pergunte pro seu filho, que ele explica)"...

Sarney, o donatário da Capitania Geral e Hereditária de São Luiz do Maranhão, é o homem de poder mais impressionante e longevo da república brasileira - desde ps tempos da ditadura, quando era aliado dos generais até agora, em que ele a petezada do carvalho se aliam em torno de um projeto de poder cujo objetivo é o poder, os cargos e grana, a qualquer custo...