POLÍTICOS: PILOTOS OU PARAQUEDISTAS?

Começo meu artigo de hoje, obviamente movida pelo mesmo inconformismo de sempre, a lhes fazer a seguinte pergunta: quem de nós nos habilitaríamos a sobrevoar numa aeronave cujo piloto nunca teve horas de voo?

Pois é exatamente assim que me sinto nesse nosso surreal cenário político, não apenas no do Brasil, como principalmente no daqui, na cidade de São Paulo.

Quem é daqui ou quem reside aqui decerto que já observou que a atual gestão, se é que se pode denominar "gestão", anda feia demais. Coisa de louco!

E sequer pretendo enumerar sobre o coadjuvante de ruim que está sobre o comando do Governo do Estado, como a segurança e o Metrô , por exemplo.

Fato é que São Paulo, cidade, saiu totalmente do controle.

Eu sinceramente, nunca vi Gestão pior que essa. Nossa prefeito conseguiu quebrar o recorde de todos os piores governos que já tivemos na cidade.

E o pior, também com o meu aval. Acreditei no homem.

Claro que votar continua sendo um ato heróico aqui no Brasil, tanto no campo político da vida executiva como no da vida legislativa, e a mim, votar, mais me parece uma constante operação frustrante de tentativa e erro.

Tentamos, tentamos, tentamos...erramos, erramos e erramos.

Mea culpa seja assumida: errei feio desta vez. Ai, que dor!

A pegar carona na herança ambiciosa de José Serra que preferiu dois pássaros voando do que um na mão. Agora, o futuro piloto candidato a tudo...sumiu. E o cenário submergiu.

Serra largou São Paulo na mão dum gerente paraquedista, que nos convenceu que tinha alguma horas de voo...suficientes para gerenciarr uma cidade complexa como a nossa.

São Paulo está inviável: Nunca se pagou tão caro para se morar tão mal! Suja, remendada, cheia de buracos que são tapados com reboco de asfalto.

São Paulo parece o quintal dos vizinhos.

Nós munícipes pagamos tudo em demasia, inclusive taxa de inspecção veicular para salvar o ar e o que vemos todos os dias? Por aí caminhões de fora acessarem as marginais queimando diesel sem punição alguma na cara da gente e do senhor prefeito.

Pagamos para os outros sujarem. Inclusive os rios. É justo isso?

Falta verde, pouco se planta e pouco se cuida dos resquícios de verde. Os nossos rios são de fazer dó ao observador mais insensível.

O ar cheira azedo. O trânsito...desafia as leis básicas da física porque aprendi, lá nos remotos tempos, que algo que transita tem que ter movimento. Nossa aceleração é zero e ainda diminuem a velocidade máxima permitida nas vias principais.

Saúde básica municipal? Esqueçam, é uma piada.

Há Unidades Básicas de Saúde que atendem a SETENTA MIL USUÁRIOS cadastrados com um único médico clínico na unidade.

Isso quando se tem médico! E o prefeito deve achar tudo isso natural, obviamente.

Hospitais? Só vendo para acreditar. Nunca um gestor foi tão mal acessorado na saúde. Os postos aos amigos, "gestores paraquedistas" se trombam em detrimento dos postos de serviços CUJOS CARGOS ficam vazios sem reposição de profissionais. Uma vergonha.

Se colocassem os "gestores" nas linhas de atendimento ao público sobrariam profissionais nas redes.

Agora a maior novidade: até os defuntos aguardam por soluções.

Penso que deva ser melhor aguardar por soluções "morto" do que "vivo". Estressa menos...ao morto morto, porque são muitos os mortos vivos. Triste de se descrever a situação.

Em greve o serviço funerário-representante dum segmento de serviços do todo do funcionalismo municipal, para o qual não há política salarial alguma há anos, apenas os 0,01% de aumento anual- atrasa os sepultamentos dos mais de trezentos óbitos que ocorrem por dia na cidade. É inacreditável tal fato numa cidade como São Paulo.

E o prefeito, irritado,cheio das razões e inflexível ao caos que ele também plantou, acha que convocar a toque de caixa um serviço terceirizado resolve a situação de aflição das pessoas.

E ainda faz discurso político populista nas entrelinhas das entrevistas dadas.

Aliás, terceirizar o público sucateado não é obra do acaso , não. Tudo já foi muito bem articulado.

É proibido morrer! Pelo menos enquanto o prefeito não fizer novos concursos.Aguardem pela nova lei da câmara que adora questões polêmicas e inúteis ao povo.

Desse jeito devia ser proibido nascer...aqui, nesse caos todo.

Enquanto isso...a nossa aeronave paulistana/paulista/brasileira sobrevoa a esmo, sem sentido, sem direção.

A bússola é palavras e atos ao vento!

Não poderia ser diferente com tanto político paraquedista que temos por aqui.

NA hora H eles abrem o paraquedas e abandonam a nave em queda livre, vítimizada por ter subido às tão fantasiosas alturas.

Até que um próximo paraquedista se candidate a político.