TRIBUTO A GETULIO, A JUSCELINO E A FHC

Ontem, 24/08/2011, completaram-se 57 anos da morte de GETÚLIO VARGAS, o maior presidente deste país, um advogado e político gaúcho de Bagé, que foi o líder civil da Revolução de 1932 e governou o Brasil de 1930 a 1945. Era do “PTB”. Num segundo período, foi eleito pelo voto direto e presidiu a república de 31/01/1951 até 31/01/1954, quando cometeu suicídio no Palácio do Catete, Rio de Janeiro, sede do governo federal naquela época.

Getúlio Vargas era chamado “o pai dos pobres”, criou a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, os direitos trabalhistas e a CLT a partir de 1939. No campo do desenvolvimento, criou a “CSN” em 1940, a “Vale do Rio Doce” em 1942, a “CHESF”, o “IBGE” e as bases para a “PETROBRÁS”, com a campanha “O Petróleo é Nosso” que lançou em 1950.

Vargas, desgostoso com os rumos tomados pela política brasileira e pressionado por forças opositoras, se matou com um tiro no coração em pleno Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, deixando sua famosa Carta-Testamento ao povo brasileiro com as frases “Este povo de quem fui escravo jamais será escravo de ninguém ...” e “Saio da vida para entrar na História ...”.

Como a memória do ser humano é curta e a ingratidão é uma das características suas, ninguém mais toca no assunto e o aniversário da morte do grande líder, ontem, não foi sequer lembrado pela imprensa, tendo passado em branco.

Juscelino Kubitschek de Oliveira, mineiro de Diamantina, médico, oficial da Força Pública e político, governou o Brasil de 31/01/1956 a 31/01/1961. Era do “PSD”, um dos maiores partidos políticos da época, junto com a “UDN” e o “PTB”. Como promessa de campanha, construiu Brasília no cerrado do planalto central e incrementou o binômio “Energia e Transporte”, tendo como “slogan” do seu governo que o país avançaria 50 anos em apenas 5 anos do seu mandato.

Juscelino foi o presidente mais democrático que este país já teve. Enfrentou duas revoltas de oficiais da Aeronáutica, (“FAB”), a de 19/02/1956 em Jacareacanga no Pará e a de 03/12/1959 em Aragarças, em Goiás. Nas duas situações, ele foi pessoalmente aos locais dos motins, conversou com seus líderes, acabou com a revolta e depois anistiou os seus líderes. Um estadista, o qual infelizmente foi perseguido após a revolução de 1964, teve seus direitos políticos cassados e foi exilado para a França. Voltou ao Brasil após as eleições de outubro de 1965 e morreu num “acidente” automobilístico até hoje inexplicado, na Via Dutra, aos 22/08/1976, quando se dirigia ao Rio de Janeiro.

Finalmente, depois de muitos e muitos anos, tivemos Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, cientista político, político, professor universitário e homem de grande cultura, eleito Presidente da República pelo voto direto, governando o país por dois mandatos (de 01/1995 a 01/2003), criando a moeda “Real”, eliminando a inflação e estabilizando a economia do país. Muito combatido pela oposição (leia-se “PT”), teve, apesar de tudo, mantidas nos períodos seguintes, as linhas mestras da política econômica do seu governo e foi reconhecido no exterior como o grande estadista que ele é e sempre foi.

Estes foram, ao meu ver, os três maiores presidentes que o Brasil já teve.

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B.Hte., 25/08/11

RobertoRego
Enviado por RobertoRego em 25/08/2011
Reeditado em 02/02/2013
Código do texto: T3181149
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