Legalidade 1961
Legalidade 1961
História do Brasil ao Vivo
No dia 6 de setembro de 1961, o general José Machado Lopes, então comandante do III Exército foi ao palácio Piratini conversar com o governador Brizola que vociferava, botando fogo por todos os buracos...
Na rua jerônimo coelho uma meia-dúzia de tanques (do quartel da Serraria) estava ali estacionada, para dar cobertura, além de dois caminhões (um pelotão) da Cia. de Guardas parado na rua Riachuelo, próximo à Biblioteca Pública.
Quando o carro chegou à praça da matriz – já que Brizola anunciava pelos microfones que o General viria prendê-lo, a multidão fechou a passagem do carro oficial (um chevrolet biscayne 1960, 4 portas, preto). foram momentos de tensão. os cabos encarregados da segurança do Generel, sentados no banco da frente, engatilharam as sub-metralhadoras INA (.45) e todos se prepararam para o pior.
O general entrou calmamente no palácio, acompanhado de outro general (Peri Beviláqua) e um capitão-ajudante, e dos dois cabos (um da Cia. de Guardas e outro da Policia do Exército, guarda pessoal do general). Depois de dez minutos, Brizola e o General apareceram na janela, anunciando a aliança pela legalidade.
O povo gritava, histérico.
Um fato histórico vivido por Antônio Mesquita Galvão, hoje com 69 anos, cabo da Primeira Companhia de Guardas, de Porto Alegre, pertencente na época à guarda pessoal do General Machado Lopes.
O cabo Mesquuita daria baixa do Exército em 14 de novembro 61, com elogios em boletim por conduta militar destacada diante da iminência de conflito.