Sérgio Martins Pandolfo*
Vivenciamos hoje, sem ponta de dúvida, uma das fases mais melancólicas de todos os tempos na assim chamada área social do governo, composta por setores exponenciais à vida dos cidadãos, como saúde, educação, segurança, transporte e saneamento básico, todos eles relegados ao sopé de planejamento e investimento, que redunda, em última análise, em profundo desencanto e inconformação por parte dos cidadãos, que têm direitos assegurados – preceitua a tão decantada Constituição Cidadã, vinda para dar solução a todos os males e angústias do povo brasileiro – a tais requisitos básicos de bem viver.
Vê-se - e ouve-se – diariamente pela mídia o incremento do número de assaltos à mão armada, sequestros, estupros, roubos seguidos de morte (crimes hediondos) e, mais proximamente, a praga quase epidêmica dos crimes de pedofilia, que cresceram ao paroxismo com a ampliação e disseminação da rede mundial de computadores; rebeliões e fugas nos presídios quase toda semana; conflitos diários no campo, quase sempre com vítimas mortais, envolvendo os autodesignados sem-terra ou, na cidade, patrocinados pelos igualmente autoditos sem-teto; os transportes de massa são, na pluralidade das cidades, precários, insuficientes e obsoletos, quando não de todo ausentes, e o saneamento básico (abastecimento d’água, rede de esgotos, ruas calçadas, destino adequado do lixo (comum e hospitalar) praticamente inexistentes na maioria dos municípios, sendo a situação mais grave naqueles situados nas regiões Norte e Nordeste, conquanto não sejam, exatamente, apanágio destas. As estradas em todo o País estão inviáveis ao tráfego de pessoas e à produção, causando perdas materiais, mortes por acidentes e desabastecimento.
O desemprego, que nos últimos tempos até tem vindo a decrescer timidamente, fez aumentar de forma expressiva os índices de subemprego e da economia informal, o que indiretamente fez crescer também os vícios, a violência, a prostituição, a toxicodependência, a aquisição de doenças graves (Aids, hepatites) e outras mazelas que tais, e começa de preocupar seriamente não só o governo central como os dos estados, se não pelo estigma social em si, mas, sobretudo pela queda da arrecadação. Tal situação tem sido em parte amenizada com a distribuição de “bolsas” sob as mais variadas rubricas, que de forma relativa, mas não de fato, influenciou a baixa das cifras sociais do desemprego.
A educação está à míngua, sem recursos, em muitos municípios, para a aquisição de cadeiras, quadros-negros, giz e até de instalações escolares dignas desse nome, o que tem sido mostrado quase que diariamente pelas redes televisivas à Nação, fazendo surgir a grotesca figura do “aluno-jacaré” e das “escolas de lata”. A isso tudo acresça-se o baixo e desatrativo salário pago aos mestres, a falta quase constante da merenda escolar, paralisações e greves que deturpam o curso normal dos programas, afetando o aprendizado dos alunos.
Contudo - porca miséria! - a área mais afetada pelo descaso administrativo tem sido a da Saúde. O próprio ministro Antônio Padilha, há pouco “entronizado” no cargo, reconheceu que esse estado de coisas parece dever-se ao “desfinanciamento” do setor nos últimos governos e que é necessário magnificar o aporte de recursos à sua pasta, mormente para continuar a tocar o SUS, único plano a dar assistência, em sua grande maioria, ao povo brasileiro. Chegou-se a fazer uma tentativa de reviver a CPMF, o malsinado imposto do cheque que já provou não resolver o problema, sumariamente chumbado no Congresso Nacional.
Vivenciamos hoje, sem ponta de dúvida, uma das fases mais melancólicas de todos os tempos na assim chamada área social do governo, composta por setores exponenciais à vida dos cidadãos, como saúde, educação, segurança, transporte e saneamento básico, todos eles relegados ao sopé de planejamento e investimento, que redunda, em última análise, em profundo desencanto e inconformação por parte dos cidadãos, que têm direitos assegurados – preceitua a tão decantada Constituição Cidadã, vinda para dar solução a todos os males e angústias do povo brasileiro – a tais requisitos básicos de bem viver.
Vê-se - e ouve-se – diariamente pela mídia o incremento do número de assaltos à mão armada, sequestros, estupros, roubos seguidos de morte (crimes hediondos) e, mais proximamente, a praga quase epidêmica dos crimes de pedofilia, que cresceram ao paroxismo com a ampliação e disseminação da rede mundial de computadores; rebeliões e fugas nos presídios quase toda semana; conflitos diários no campo, quase sempre com vítimas mortais, envolvendo os autodesignados sem-terra ou, na cidade, patrocinados pelos igualmente autoditos sem-teto; os transportes de massa são, na pluralidade das cidades, precários, insuficientes e obsoletos, quando não de todo ausentes, e o saneamento básico (abastecimento d’água, rede de esgotos, ruas calçadas, destino adequado do lixo (comum e hospitalar) praticamente inexistentes na maioria dos municípios, sendo a situação mais grave naqueles situados nas regiões Norte e Nordeste, conquanto não sejam, exatamente, apanágio destas. As estradas em todo o País estão inviáveis ao tráfego de pessoas e à produção, causando perdas materiais, mortes por acidentes e desabastecimento.
O desemprego, que nos últimos tempos até tem vindo a decrescer timidamente, fez aumentar de forma expressiva os índices de subemprego e da economia informal, o que indiretamente fez crescer também os vícios, a violência, a prostituição, a toxicodependência, a aquisição de doenças graves (Aids, hepatites) e outras mazelas que tais, e começa de preocupar seriamente não só o governo central como os dos estados, se não pelo estigma social em si, mas, sobretudo pela queda da arrecadação. Tal situação tem sido em parte amenizada com a distribuição de “bolsas” sob as mais variadas rubricas, que de forma relativa, mas não de fato, influenciou a baixa das cifras sociais do desemprego.
A educação está à míngua, sem recursos, em muitos municípios, para a aquisição de cadeiras, quadros-negros, giz e até de instalações escolares dignas desse nome, o que tem sido mostrado quase que diariamente pelas redes televisivas à Nação, fazendo surgir a grotesca figura do “aluno-jacaré” e das “escolas de lata”. A isso tudo acresça-se o baixo e desatrativo salário pago aos mestres, a falta quase constante da merenda escolar, paralisações e greves que deturpam o curso normal dos programas, afetando o aprendizado dos alunos.
Contudo - porca miséria! - a área mais afetada pelo descaso administrativo tem sido a da Saúde. O próprio ministro Antônio Padilha, há pouco “entronizado” no cargo, reconheceu que esse estado de coisas parece dever-se ao “desfinanciamento” do setor nos últimos governos e que é necessário magnificar o aporte de recursos à sua pasta, mormente para continuar a tocar o SUS, único plano a dar assistência, em sua grande maioria, ao povo brasileiro. Chegou-se a fazer uma tentativa de reviver a CPMF, o malsinado imposto do cheque que já provou não resolver o problema, sumariamente chumbado no Congresso Nacional.
Inúmeros escândalos, assim de desvios de valores como de funções, têm vindo à tona, mostrados à farta pela mídia, com desassistência aos doentes mesmo nos grandes centros; falta de leitos em hospitais, medicamentos especiais (antirrejeição para transplantados), de uso contínuo (antidiabéticos, anti-hipertensivos); infecções em UTIs, ensejando a adoção de medidas extremas como a que se convencionou chamar de “judicialização da medicina”.
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*Médico e escritor. ABRAMES/SOBRAMES
E-mail: sergio.serpan@gmail.com - serpan@amazon.com.br
Site: www.sergiopandolfo.com
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