Reciclagem e sustentabilidade na poligamia
A poligamia é uma das práticas mais antigas do planeta Terra. O primeiro caso acerca do qual se tem conhecimento, está registrado em Gênesis 4.19 e 23 no Antigo Testamento em qualquer Bíblia. Trata-se de Lameque, um homem que viveu a mais de 4.000 anos provavelmente nas terras da Mesopotâmia, ele tomou para si duas mulheres.
No mundo pós-moderno, a prática da poligamia têm sido mais comum do que se possa imaginar. No entanto, no Ocidente a forma mais difundida e paupérrima é a descrita nos Dicionários: “Multiplicidade simultânea de mulheres para um só homem”.
Pode-se ler sobre tais práticas mundo islâmico, e em geral nos países africanos, onde segundo se pode ler inclusive na Internet, um homem pode ter três ou quatro mulheres, numa prática bem comum. Alegando-se ser esta uma solução para o problema da escassez de homens provocada pelas guerras, que tornam o número de homens sobreviventes insuficientes para o grande número de mulheres existentes.
Muito embora, a poligamia mesmo neste contexto é uma maldade camuflada, pois, se a questão fosse apenas uma forma de prover marido para as muitas mulheres existentes, os homens se casariam como qualquer uma independente de ser jovem ou não. E tal não acontece, os homens procuram sempre as mais novas, mais belas e que possam procriar. E as mulheres mais velhas que não tem espososo, e não procriam mais, porque não são contempladas? Procuram as mais jovens e atraentes por motivos óbvios. As jovens tem feromonios e atrai.
No Ocidente, tal prática também é comum, apenas ocorre travestida de outra roupagem, surge dissimulada, camuflada ou disfarçada com o famoso mas, perverso “jeitinho brasileiro”, que de brasileiro não tem nada. Alguns autores como Lourenço Stélio Rega, abordou o “jeitinho brasileiro” em 2002, recebendo até prêmio na Bienal do Rio. Também o fez Thomas Joseph Burke, abordando o tema no livro “Do Jeitinho Brasileiro ao Golpe”, em 1981 – ótima obra. Outra abordagem de excelente qualidade vinda à lume de forma arguta pelas mãos do grande Político Armando Lucena, em seu pequeno livro de GRANDE conteúdo “O Brasil: de Oitava economia pode se tornar colônia dos sete (G7). E por último, mas, não menos importante é a obra de Lívia Barbosa “O Jeitinho Brasileiro - a arte de se mais igual que os outros” Rio de Janeiro- Campos, 1992. Até na arte gráfica das capas existem semelhanças.
Onde há novidade nas abordagens? Tal “jeitinho” já foi posto em prática há 4.000 anos atrás, por Sara 1ª mulher do grande profeta Abraão, vindo de Hur dos Caudeus, que deu um jeitinho para que Abraão tivesse o filho da promessa, já que ela era estéril. O Ocidental que pouco lê, pode crer que o “jeitinho” é brasileiro e que sua abordagem é recente a partir de Rega por exemplo, mas não o é. Abordagem mais completa sobre tal, poderá ser feita futuramente.
Voltemos à poligamia e seus EFEITOS DEVASTADORES.
Problemas já começam a aflorar como: ciúmes de Sara para com Hagar e o filho do relacionamento polígamo de poucos meses de duração. Sara se enciúma de Hagar, e quem sofre os danos morais e existenciais diretamente é o filho do relacionamento. Filho que não pediu para existir, mas tem que amargar o distanciamento do conforto e aconchego do lar paterno e da presença do pai. É o primeiro relato sobre violação dos direitos humanos da criança, e o ECA nem existia.
Para encerrar as citações na Bíblia, não no mundo real, tomemos o caso de Jacó, Léa e Rachel. Gênesis 29 e 30. Jacó ama de verdade a Rachel a filha mais nova de Labão seu tio, mas, é forçado a casar-se primeiro com Léa, a moça mais velha, por razões culturais.
Teve relações com as duas mulheres, óbvio, ele não desperdiçou tal oportunidade. No entanto, Rachel a mais jovem e mais amada entre as duas mulheres, era estéril, Lea a mais velha e menos bonita, deu-lhe muitos filhos. Lembrando que, filhos naquele tempo significavam honra. Rachel, encheu-se de inveja e despeito, apesar de ser a preferida de Jacó.
Confira Gêneses 30. ver. 1 15 e 16. Esse tipo de relacionamento sempre traz dificuldades e quebra de direitos humanos, sempre para mulher e os filhos que possam vir a ter. Quantos problemas, ciúmes, inveja, confusão e violação de direitos humanos adentram uma família que adote tal princípio de vida comum.
Reflitamos:
Existe poligamia no Ocidente em plena pós-modernidade? Sim!
Trás ela os mesmos problemas já vistos a mais de 4.000 na antiguidade? Sim, trás. E acrescenta diversos outros problemas acerca dos quais discorrei em outro texto ou artigo, aqui, referir-me-ei superficialmente, menciono-o apenas como propaganda.
Na atualidade alguns homem casa-se com uma mulher, a qual desenvolve o papel de “matriz”. Casa-se às vezes por conveniências financeiras ou status social, enquanto ele compartilha sua intimidade emocional e física com outra(s) de sua verdadeira preferência física, emocional ou sexual para desenvolverem o papel como “filial” ou a “outra”. Relacionamento geralmente via Internet, que subsiste por tempo determinado, muitas vezes aos sobressaltos e temores de serem descobertos. Tais “filiais” forçosamente têm de contentar-se em viver nas sombras dos motéis, na clandestinidade das redes sociais e com os restos que sobram do verdadeiro relacionamento dentro da casa, para além de carregarem o estigma de serem destruidoras de lares alheios.
Situação oriunda da falta de coragem e hombridade por parte dos homens que se submetem a tais relacionamentos, para não assumirem publicamente a poligamia nos moldes ocidentais. Uma atitude covarde, por faltar-lhe coragem de serem taxados de polígamos pela sociedade onde freqüentam, falata coragem para assumir os riscos e responsabilidades em manter duas três famílias adequadamente, mas, não querem abrir mão da possibilidade do turismo sexual com várias mulheres.
Problemas surgiam no passado a 4.000 anos atrás e surgem na atualidade: Ciúmes, inveja e ódio no coração das mulheres traídas, que vêem violado, vilipendiado o seu direito constitucional em ter o lar como abrigo inviolável, como lugar de convivência feliz para abrigar sua prole.
Surge o desespero e desdita nos corações dos filhos do 1º casamento que são rejeitados ou que vivem em prejuízo emocional e financeiro, resultante da divisão no coração e bolso do pai, que se coloca nas mãos alheias, divido entre duas ou mais mulheres e outros filhos resultantes dos relacionamentos extraconjugais.
Problemas como violação dos direitos humanos das mulheres que tem sua auto- estima rebaixada, diminuida, seus direitos humanos violados. Quebra dos direitos humanos da criança e do adolescente em poder desfrutar de um lar onde pai e mãe estão juntos, unidos em amor para lhes proteger e orientar em qualquer instante. Os filhos gerados com uma terceira pessoa sofrem o desgaste e violação de seus direitos da criança, em viver juntamente com pai e mãe no mesmo domicilio em tranqüilidade. São forçadas a conviverem apenas com suas mães muitas vezes estressadas, em companhia de avós muitas aborrecidos com a situação que acabam descarregando sobre tais crianças já em situação de infortúnio a desdita de não serem bem aceitos. Não há convívio simultâneo com duas mulheres e filhos de dois ou mais relacionamentos.
Qual o ponto de sustentabilidade e boa qualidade de vida para filhos e mulheres em tais relacionamentos polígamos camuflados e sem compromisso emocional ou financeiro? Nenhuma!
Poligamia moderna camuflada e faciliatada pelo maldito divórcio, legalizado por um antigo ex-presidente da República do Brasil visando solucionar alguns problemas, mas, na realidade veio facilitar e “legalizar” a possibilidade de um novo casamento para os homens que, aparentemente desejam fugir de suas responsabilidades e livrar-se da mulher do primeiro casamento, tendo um aval da justiça para refazerem suas vidas com alguém mais jovem e atraente, sem demonstrar a mínima preocupação com a situação das mulheres mais velhas e divorciadas que ficam ao desamparo e sem auto estima, pois, não estão em condições de atrair mais ninguém para outro matrimônio e refazerem suas vidas.
O maldito divórcio tornou-se o instrumento criminoso e legalizador oficial da violação ao direito humano da mulher em permanecer casada e continuar tendo o lar como abrigo para sua prole e asilo inviolável contra as intempéries do mundo hodierno, onde poderia e deveria receber amor de seus esposo, o que na maioria das vezes não ocorre, porque tais maridos, despejam seus esforços e palavras alentadoras em outros ouvidos fora do lar, na rua, ou na Internet.
O divórcio é também o sustentador da malfadada e maldita poligamia camuflada no Ocidente, embutidas nos relacionamentos via Internet nos chats ou E-maiis. Locais virtuais onde os homens desenvolvem intima comunicação com outras mulheres, oferecem carinho, trocando intimidades de forma nunca realizadas com a esposa da casa, privando-a inclusive do direito ao sexo com qualidade, pois ao chegarem em casa nada mais têm a oferecer, pois, já se desgastaram diante da tela do computador, nada restando de bom para oferecer para quem está em casa lhes esperando.
Violação criminosa aos direitos humanos das crianças oriundas dos relacionamentos com terceira pessoa (sempre mais jovem) que a primeira, favorecendo o surgimento de depressão e morte da auto-estima na primeira mulher que se vê jogada ao lixo como se fosse um pedaço de papel higiênico ou guardanapo, já utilizado.
Concluo ressaltando a necessidade urgente de se reciclar a legislação brasileira e leis que entram em vigência na atualidade, contrastando-as com os direitos humanos para se destacar onde o prejuízo será maior, e apontar formas solucionadoras aos problemas já existentes, sem violar os direitos daqueles que já foram tão vilipendiados: mulheres e crianças. Crianças que não pediram para nascer, e já vem ao mundo sob marca tão negativa - a violação ao seu direito - em desfrutar de um lar com pai e mãe, juntos, sem a invasão de uma terceira pessoa.
Não basta criar-se “jeitinhos” virtuais ou legais solucionando a favor daqueles que querem casar-se novamente, é importante considerar a sustentabilidade para fortalecer a vida das crianças e mulheres já tão sofridas com a poligamia camuflada.
Não basta satisfazer a gana do elemento masculino que deseje casr-se com outra mulher jovem, desamparando assim a primeira mulher, menos jovem ou menos atraente, condenando-a à morte de sua auto-estima, destruindo seus sonhos, deixando-as no pó do desanimo, de onde muitas não conseguem sequer sair, chegando até ao suicídio.
É mister criar pontos de sustentabilidades para as crianças já existentes oriundas dos muitos relacionamentos irresponsáveis, polígamos, nos quais apenas os homens envolvidos em tais relacionamentos polígamos saíram bem satisfeitos, mas são os principais geradores de violações dos direitos das mulheres e filhos que sequer sabem a que foram submetidos.