A VIDRAÇA DE MIRYAN RIOS.

A deputada eleita graças aos votos do apresentador Wagner Montes, a excelentíssima Sra. Miryan Rios subiu a tribuna, esta semana, e viveu o papel que a Zorra Total lhe negou: Ofélia. Para usar um português próprio do legislativo eu diria que a distinta senhora evacuou pela boca ao confundir pedofilia com o sentimento homoerótico e ao desfiar um rosário de asneiras que não convencem nem a Velhinha de Taubaté.

A dignatária do povo defendeu suas crenças numa tribuna laica. Nada de mais num país onde o carnaval e as procissões formaram nosso amálgama étnico. O problema é que digníssima esqueceu-se do seu telhado de vidro justamente quando pregava as razões de sua fé (preconceito).

Dona Miryan, hoje acima do peso e usando um taier de gosto duvidoso, disse que temia que seus filhos fossem cuidados por uma baba lésbica. Ora bolas, dona Myrian, seus filhos sabem que a senhora posou nua no inicio da carreira? E se minha religião não aceitar atrizes de quinta categoria ocupando cargos públicos? E por ultimo será que a digníssima deputada leu o pronunciamento do Papa Bento XVI (dia 20 de dezembro de 2010) sobre a pornografia? Será que se lembrou dos tempos em que posou nua e o seu então noivo, Roberto Carlos, teve que negociar com a Bloch Editores a compra das edições?

A deputada se converteu é bem certo, mas deveria colocar a viola no saco quando o assunto é moral, não acha? Sei que posar nua não é prostituição assim como entendo que homossexualidade não é pedofilia. Mas a deputada além de pregar moral de cuecas (calcinha, afinal ela fez questão de frisar que é heterossexual) demonstra genuína ignorância quando o assunto é a sexualidade humana.

Quanto a sua fala sobre a necessidade de se perpetuar a espécie, percebi o quanto a digníssima é tacanha. Não merece nem comentar.

São pessoas como esta atrizinha de Bambolê que colaboram indiretamente com a violência, são as madalenas arrependidas que apedrejam quem ousa amar diferente.

É uma pena, Deputada, eu pensei que o grande vexame político seria o Tiririca, mas a senhora vestida de Ofélia entrou para os anais (kkkkkkkkk) da história do legislativo carioca como aquela que perdeu uma ótima oportunidade para ficar calada.