DEMOCRACIA É PRESENTE DE GREGOS!
Sou teimoso! Até nas aulas de filosofia e história grega eu já dizia: A democracia é literalmente um presente de grego!
Essa palavra que mais parece clichê dos movimentos que sacudiram o mundo nos anos de chumbo (anos de chumbo é outro clichê), e que agora a mídia traz a baila em constante demasia, seja numa fala de Bolsonaro, na indignação de Preta Gil, ou na teatralidade americana em ter a medida certa para o mundo Árabe como já fora na Ásia e na America Latina em outros tempos; enfim, a democracia é o “mal” necessário na árdua e prazerosa tarefa de se construir o “justo”.
Vivemos aqui, nas terras tupiniquins, uma democracia jovem, ainda cheirando a neném, e é tão nova nossa democracia, que alguns filhos das ditaduras passadas, sentem sopros de ventos nostálgicos e volta e meia, são pegos em fragorosas ações para destruir o presente grego!
É assim mesmo, a democracia constrói muitas controvérsias que se completam, mas ninguém é mais controverso em vivê-la que a classe política brasileira!
Tem partido que era radicalmente ditatorial ao apoiar o golpe de 64 no Brasil, entre seus pares viviam e davam falsa legitimidade ao governo militar, congregados na ARENA, mas, com os fortes “sopros’ e gritos por democracia (olha o clichê grego ai de novo), em janeiro de 1980 a ARENA veste uma roupagem mais aprazível ao “paladar” popular e cria o PDS - Partido Democrático Social (ah, Social é outro clichê que político adora).
Com o fim do sistema bipartidário em voga durante o Regime Militar de 1964 no bojo de uma reforma ocorrida no governo do Gen. João Batista Figueiredo (aquele simpático senhor de óculos, que preferia estar com os cavalos que com o povão) foi extinto em 1993 após seus integrantes aprovarem sua fusão com o PDC para criar o Partido Progressista Reformador.
De uma dissensão nos seus quadros surgiu o Partido da Frente Liberal (PFL), hoje o atual Democratas (DEM) em meados dos anos oitenta. Posteriormente o Partido Progressista Reformador mudaria para Partido Progressista Brasileiro (PPB) em 1995 e numa nova mudança se tornaria o Partido Progressista (PP) em2003.
Bem, esta pequena linha cronológica se faz necessária em tempos de criação de novos partidos no Brasil; além do PSD do Kassab (figura carimbada do PDS, PFL e Democratas) um novo partido com foco na sustentabilidade vem por ai! Parece que o PV terá nos próximos dias que se preocupar não apenas com a guerra travada nas trincheiras internas e na mídia pelos grupos do atual presidente da sigla José Luiz Penna e da ex-senadora e ex-candidata a presidência da republica Marina Silva, pelo controle do partido.
Deve desembarcar nos próximos dias nos Tribunais Regionais Eleitorais de pelo menos 09 (nove) estados da federação, milhares de assinaturas para a criação do PEN – Partido Ecológico Nacional. Assim como o PSD de Kassab que, abriga um grupo de políticos de outras legendas, o novíssimo PEN, terá caras já conhecidas, dissidentes do PT, PV e outros partidários que vêem no clichê “Ecológico”, (depois da onda verde de Marina Silva de mais de 20 milhões de votos) uma nova oportunidade de futuro político.
Não se consegue identificar facilmente as ideologias dos partidos brasileiros, isso quando algum a tem! E nas eleições os eleitores ficam a mercês dos oportunismos que deflagram as guerras sujas, dizendo que um é a favor de aborto, o outro vai privatizar ou estatizar, e por assim desviam os holofotes dos verdadeiros problemas que afligem os cidadãos e a instituições.
Essa salada de frutas, legumes, pecuaristas, clorofilas, industriais, sindicalistas e outras tantas diversidades alocadas nas siglas partidárias do Brasil; nada mais é que um presente democrático, em outras palavras: Um Presente de Grego!
Vamos combinar que, a diversidade de opiniões ea liberdade de expressão são as chaves mestras que mantém ligada a máquina democrática que transformam realidade e derrubam ditadores (hoje são celulares, IPad, Notebook, etc., no passado Cavalo de Tróia), e não se pode imaginar nada mais concomitante na era digital que, a “Blogosfera”!
Os Blogs e os micro-blogs, Twitter, Facebook e outros instrumentos digitais, são hoje as ferramentas mais importantes para que os fatos sejam difundidos ao público que está alijado do processo de informação democrática. Mas não é só no mundo Árabe e em alguns países Africanos que a geração digital está enfrentando dificuldades para trazer à tona as realidades ditatoriais.
Aqui nas Minas Gerais, uma operação de guerra (maiores detalhes clic: http://pqno.net/j9Hd9) fora desencadeada contra os internautas que ousaram comentar, retransmitir ou simplesmente divulgar a apreensão da CNH e da multa por embriaguez ou por uso de substâncias não permitidas, pelo senador por Minas Gerais que mora no Rio de Janeiro, Aécio Neves.
Oh, senador “Bon Vivant”, tu está com medo da democracia?
Volto a dizer: a democracia constrói muitas controvérsias que se completam, mas ninguém é mais controverso em vivê-la que a classe política brasileira! Quando lhes convém citam a democracia, quando não convém, combatem silenciosamente!
Esse menino engomadinho, tipo o genro ideal para qualquer sogra, bom administrador, galã, “gestor público competente” (que ainda não respondeu como desviou R$ 4, 3 bilhões que deveriam ser investido na área da saúde do governo de Minas Gerais: http://pqno.net/EanEt ), que gosta de baladas com lindas mulheres e desfilar em possantes carros em nome de laranjas; faz-me lembrar de um certo caçador de marajás que, foi protegido pelo PIG e se tornou presidente do Brasil e deu no que deu!
Será este mais um presente de grego?
Com a palavra o clichê Democracia!