E...ADIANTARIA CHORAR?
Estamos em luto... mais uma vez!
Não sei se essa é a nossa eterna sina, porém, um fato grita à nossa atenção: desde que a presidente Dilma assumiu o país parece que decretar lutos tem sido a sina da sua caneta. Que coisa triste para ela e para todos nós.
Hoje o Brasil, que também somos todos nós, se choca com mais uma barbárie ocorrida à luz do dia, desta vez, dentro duma escola do Rio, no Realengo, aonde um psico e sociopata perigoso invadiu uma escola livremente praticando uma série de disparos contra os adolescentes que assistiam aula. Praticou o suicídio e consta que onze crianças morreram, afora as que estão nos hospitais da cidade.
"Fato nunca registrado nos anais da criminologia brasileira", é a desculpa dos políticos.
Muito bem, de fato, não há como se responsabilizar ninguém pelas psicopatias, já pelas sociopatias eu ainda tenho lá as minhas dúvidas já que, embora geneticamente únicos, somos fiéis produtos da integração genética com o meio.
Dessa vez, parece que até as pessoas da comunidade questionam a óbvia necessidade de segurança nos equipamentos públicos, e tal insegurança não ocorre apenas nas escolas públicas do Rio.
Aqui em São Paulo, mais precisamente nos equipamentos da prefeitura, não há a mínima preocupação com a segurança, nem dos dos munícipes que os frequentam, muito menos com a dos funcionários que trabalham nos equipamentos públicos.
Tudo ao Deus dará!
Aliás, é mais fácil ladrão entrar nas instituições do que os funcionários sem seus crachás, muitas vezes.
Hoje mesmo, antes de saber do ocorrido no Rio, uma amiga perdia o seu automóvel num assalto ocorrido na porta duma unidade pública aonde trabalha.
Eu só gostaria de fazer uma pergunta: Seria necessário haver registro duma modalidade criminosa para evitá-la com prevenção?
Lamentável tal deculpa.
Como que uma escola de crianças tem um acesso tão liberado para estranhos munidos com arsenal de guerra? Ninguém viu?
Não sei, nada entendo eu de de leis e de Direito civil, mas sinto que o Estado tem total responsabilidade no ocorrido, não adianta fugir da questão e da responsabilidade civil.
Não é possível deixar um filho na escola e perdê-lo para a violência endêmica que foge totalmente ao controle do Estado.
E a Presidente que estava numa conferência justamente de "empreendedorismo" e de promoção ao social, chorou pelo leite derramado. Assim fica quase impossível ser empreendedor!
Chorou como tantos de nós que já choramos muitas tragédias e choramos... e choramos novamente. Até quando choraremos pela violência desmedida?
Eis o resultado do nosso dito e comemorado crescimento social dos últimos anos. Que fiasco! Só não interpreta a situação quem não pode.
Não pretendo ser deselegante mas penso que lágrimas e luto em nada atenuam as dores tampouco solucionam a nossa triste situação de total caos social, e sinceramente, eu não queria estar na pele da Presidente nem por um segundo, ela que me parece ter um difícil cenário para tocar em frente. Eu não saberia nem por onde começar e é por isso que torço para que ela saiba.
Pelo andar da carruagem temo que ainda teremos muito a chorar e não é pessimismo não...é realismo surreal.
Fato é que as crianças perderam a chance. Perderam a chance de vida nos bancos da escola, aonde teoricamente nos há a única saída para o Brasil. Parece ficção. Alguém dirá: "Acontece inclusive nos países do primeiro mundo".
Será que não daria para imitá-los em algo mais progressista?
Sinceramente: não acredito em soluções.
Para nós...só milagres... que com toda certeza não partirá dos políticos.
Força Brasil, porque nossa saga nem começou.
É, infelizmente, o meu mais profundo sentimento, e quiçá eu esteja deveras equivocada. Sentirei uma felicidade enorme se , um dia, eu constatar que sim.
Meus sentimentos de brasileira a mais essa tragédia que perplexamente nos assola e que já percorre os jornais do mundo.