Um Futuro Promissor

Qualquer cidadão, com razoável conhecimento, sabe e na certa se preocupa com o futuro da sociedade brasileira e, no momento que essa preocupação aflora no pensar deste humilde escriba, vem-me à lembrança uma frase do saudoso economista Roberto Campos de Oliveira, o “Bob Filds”, quando, em suas memoráveis frases, disse: A burrice no Brasil tem um passado glorioso e um futuro promissor. Se ela terá um futuro promissor, pelo menos no longo prazo, tenho cá minhas dúvidas, mas com relação ao passado, ressalvadas algumas poucas exceções, somos forçados a admitir que ela (a burrice) tem preponderado desde os tempos da colonização até os dias atuais e pelo andar da carruagem, as ações de muitos dos nossos dirigentes, podem não preocupar os incautos, mas estarrecem e até irritam quem tem um mínimo de senso crítico. Não perderemos tempo nem cansaremos nossos leitores citando um fato aqui, outro acolá que empobrecem nosso dia-a-dia. Fundamentaremos nossos escritos nos atos daqueles que têm a obrigação de pautarem suas ações no bom senso e com um mínimo de inteligência, pois para isto foram colocados em postos de comando de alguns setores de importância na administração do Estado do Piauí. Por questões éticas, não nos cabe apontar ao dirigente-mor do Estado, esse ou aquele auxiliar que se enquadra no disse Roberto Campos em relação à burrice. Não vamos chocar o governador do Estado contrapondo seu entendimento sobre quem tem competência e inteligência para auxiliá-lo, pois, lembrando Chico Buarque:“Hoje você é quem manda, falou ta falado”. Porém, não é difícil constatar que algumas “leseiras” continuam a “lamber a rapadura” governamental e até primam por demonstrarem inaptidão ou incompetência na condução de suas pastas. Mas isso cabe ao “obusdman” político do governo (se houver) identificar e ajudá-lo a redefinir a sua condução política. Como integrante da sociedade, cabe-nos, utilizando dos meios disponíveis, alertar ao governador que, não vão bem, alguns dos setores de seu governo. Se ele entender e promover as mudanças que julgue necessárias no “staff”, como grandes probabilidades, todos nós ganharemos, Caso contrário, há somente uma certeza, somente ele perderá. Cabe-nos, somente, esperar pra ver, o triunfar da burrice política ou a redenção e glória da escassa inteligência

Rui Azevedo

Artigo publicado no jornal Diário do Povo (Teresina-PI) em 02.04.2011