QUEM FALA A VERDADE MERECE CASTIGO?

Segundo o provérbio “quem fala a verdade não merece castigo”, mas não é o que ocorre em alguns segmentos sociais, para ser mais precisa, em alguns ambientes de trabalho!

Existe um lugar, não muito distante, onde as pessoas são beneficiadas para ficarem de “bico calado”, pois assim, todos ficam bem, as irregularidades vão para baixo do tapete e o servidor garante seu espaço de “guardião do lixo hierárquico”!

Há aqueles, porém, que não conseguem acumular tanta sujeira e acabam deixando escapar algumas verdades, ainda que estas tenham pouca repercussão. Até porque não adianta reclamar, reivindicar, expor opiniões favoráveis ou não, pois o que conta mesmo é o que dizem os bajuladores de plantão.

Não satisfeitos em fazer o que bem entendem com determinado sistema, em criar leis que não são cumpridas, em enrolar o quanto podem para fornecer uma simples informação sobre a vida funcional do cidadão, certas pessoas dessa “terra não muito distante” parecem optar por punir quem trilha caminhos contrários aos mandonismos e processos ditatoriais, prejudicando-os de forma muito vergonhosa!

Aguardamos respostas de pedidos feitos há muito e percebemos certa má vontade neste sentido, de modo que, nossa paciência tem diminuído a cada dia.

Enquanto isso, pessoas ficam à mercê de uma burocracia ridícula e de promessas que, ao que tudo indica, parece não ter prazo para serem cumpridas.

Pois bem, aproveitando o ensejo, usaremos outro chavão “paciência tem limite”, não queremos sacudir a grossa camada de poeira que se encontra debaixo do tapete, tampouco, expor fatos que, nem caberia a nós fiscalizarmos já que existem “órgãos” competentes para tal, por outro lado, não aceitamos ser ludibriados, muito menos, perseguidos por falarmos a verdade.

Entendam este texto como um desabafo, pois não temos o costume de fazer ameaças, embora vivamos sob as mesmas. Queremos algo tão simples e fácil de resolver, por que complicar tanto?

E por falar em costume, para não perder o hábito, vamos versejar, afinal, desde a nossa tenra idade importa poetizar; poesia está na alma, no coração, em todo lugar!

Calar-se quando se deve falar

Falar quando se deve agir

Agir ao invés de esperar

Esperar quando se deve sentir

Sentir para não esquecer

Não esquecer que o tempo não volta,

Assim como o “poder”,

Ele passa!

Da mesma forma, também deixa suas marcas

E leva os registros que deixamos.

Resta saber se ele, o tempo, perdoa quando erramos

E apaga as atitudes tiranas...

Ou se as mesmas vigoram de acordo com o modo

Em que as conjugamos:

No presente, façamos!

Se for passado, não esqueçamos!

E o futuro? Esperamos!

O tempo ensina a lidar

Com a complexa linguagem humana!

ELIZABETE RIBEIRO