EXEMPLOS PARA CUBA


EXEMPLOS PARA CUBA

O mundo árabe despertou. O povo egípcio deu a partida, ativando assim a fogueira cujas lavas acenderam o espírito de luta por liberdade, por democracia também do povo do Bahrein, do Iemen e da Líbia. E não ficará só por ali. No Iran, não demorará tanto o estouro de uma rebelião contra o regime ditatorial vigente. Na última eleição, não só em Teerã, manifestações, por denúncia de fraude, contra a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, se espalharam por outras grandes cidades como Mashhad, Isfahen, Shiraz, Ahvaz e Yazd. A passividade de um povo, seja onde for, tem o seu limite. Muammar Kadhafi, com mão-de-ferro, vem governando a Líbia desde 1969, quando deu o golpe, exilando o rei Idris I. A Líbia, fazendo fronteira com o Egito, no norte da África, sofreu de imediato a influência egípcia, na derrocada da ditadura de Hosni Mubarak, eclodindo a luta armada de antipatizantes ao governo de Kadhafi, cujo futuro indefinido, por enquanto, está nas mãos de potências ocidentais, como EUA, França, Inglaterra e outros, até o Qatar, que, por resolução da ONU, já estão bombardeando (pelo ar) redutos aliados do “coronel” Kadhafi. Tudo faz crer que o pedestal do ditador desabe a qualquer momento, sem potencial bélico à altura para enfrentar a força dos países envolvidos neste conflito.
A Líbia, com uma população de 6.500.000 habitantes, é rica em petróleo e gás natural. E os recursos dessa riqueza, há 45 anos de governo ditatorial, em quase nada mudaram a fisionomia da vida do seu povo, como aconteceu com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes, que transformaram as suas regiões, quase desertas, em cidades paradisíacas, propiciando status de primeiro mundo à sua gente. Muammar Kadhafi, ao contrário, em suas prerrogativas, fez com as riquezas naturais, com os lucros do petróleo, a arma para, em parte, contribuir com o terrorismo e enriquecer mais e mais a sua conta bancária em instituições, provavelmente, na Suíça, como bem praticam os usurpadores do dinheiro público em todo mundo.
Aí estão exemplos para o povo cubano arrebentar os grilhões que o escravizam desde que Fidel Castro apropriou-se de Cuba, em 1959. Na verdade, foi um movimento aplaudido por toda aquela gente, que via em Fulgêncio Batista um governante com máscara de democrata, mas um ditador corrupto.
“A queda de Batista (1953-1959) – Cuba vivia, desde 1952, sob a ditadura de Fulgêncio Batista, que chegara ao poder através de um golpe militar. Batista era um ex-sargento, promovido de uma hora para outra a coronel, depois da chamada “revolução dos sargentos” que depôs o presidente Gerardo Machado, em 1933. Sete anos depois, em 1940, Batista foi eleito presidente. Concluído seu mandato, manteve-se distante do poder durante o governo de seus dois sucessores, para retornar novamente à ativa em 1952, com um golpe.”
Contra a ditadura de Batista formou-se uma oposição, na qual se destacou o jovem advogado Fidel Castro, que em 26 de julho de 1953 atacou o quartel de Moncada, com um grupo de companheiros. O ataque fracassou e foram todos encarcerados, mas o ditador anistiou os rebeldes em 195. Fidel, impossibilitado de agir devido à rigorosa vigilância policial, procurou exílio no México, onde reorganizou suas forças.”
E Fidel, o irmão Raúl Castro e Che Guevara, finalmente, triunfaram. O povo, que os aplaudiu, não acreditou sair da ditadura de Fulgêncio Batista e cair na ditadura comunista de Fidel Castro, que ali manda e desmanda, com mão de ferro, no destino do pobre povo cubano, roubando-lhe a liberdade desde 1959.
Já é hora também de Cuba acordar, sair desse marasmo, dessa passividade e gritar bem alto por democracia, como está acontecendo no Mundo Árabe. O comunismo de Fidel Castro parou no tempo e no espaço. Não deu certo na bela ilha do Caribe.
Pablo Calvo
Enviado por Pablo Calvo em 23/03/2011
Código do texto: T2866858
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.