Oposição sistemática
Oposição sistemática
O pessoal que perdeu a eleição de 2010 não perde vaza de dar seu palpite furado e destilar veneno. Agora que a Dilma assumiu o Planalto e Tarso, ao Piratini, as elites, eternamente golpistas continuam efervescendo como se estivessem em campanha. As abobrinhas pela internet continuam a surgir com as mesmas mentiras e meias-verdades de antes. Será que essa gente não cansa? Foram uma “situação” pífia e hoje são oposição ridícula.
Se “eles” estão fora do governo há mais de oito anos (e vão ficar outros oito), a culpa é deles que não souberam convencer os eleitores com suas cantilenas.
O fato é que “eles” não desistem. Não podendo governar resolvem chafurdar... Lembro, há oito anos, quando surgiu a questão do “mensalão”, que foi um fato grave, sem porém a dimensão que as elites quiseram lhe dar, tanto que os processos judiciais ficaram na gaveta, mas “eles” brandiram os dogmas da moralidade e da ética, chegando a sugerir o impedimento do Presidente. Esses mesmos são os que esqueceram a tortura da ditadura, as CPIs (que nunca saíram) dos bancos e da compra de votos, o caso da jornalista que teve um filho de um figurão e foi exilada por sua empresa a viver em Paris... Disto “eles” não falam
Em entrevista recente a filósofa Marilena Chauí avalia a guerra eleitoral travada na disputa presidencial e chama a atenção para a dificuldade que a oposição teve em manter um alvo único na criação da imagem de Dilma: “o preconceito começou com a guerrilheira, não deu certo; passou, então, para a administradora sem experiência política, não deu certo; passou para a afilhada de Lula, não deu certo; desembestou na fúria anti-aborto, e não deu certo. Disseram que ela era búlgara e não tinha cidadania brasileira; que era persona non grata nos EUA e não poderia entrar lá... Chegaram a duvidar de suas opções sexuais.
E não deu certo porque a população dispõe dos fatos concretos resultantes das políticas do governo Lula”. Para a professora Chauí, essa foi a novidade mais instigante da eleição: a guerra se deu entre o preconceito e a verdadeira informação. E esta última venceu.
Ao encontrar defeito em tudo que os adversários fazem, “eles” se mostram fragilizados em seus programas (os mesmos que ensejaram fragorosas derrotas nas eleições), pois revelam que não sabem criar nada de novo, a não ser o ódio, a crítica gratuita e a intolerância. Será que vão levar os oito anos de governo gerando odiosas aleivosias, ou vão cansar? É como o time medíocre que, não sabendo atacar, joga somente em cima do erro do adversário. Quem assim procede acaba na “segunda divisão”.